Uma simulação de acidente de trânsito no Centro da cidade mostrou aos transeuntes como ocorre o atendimento pré-hospitalar pela viatura do Posto Médico Avançado (PMA), a única do tipo no País, que é operada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Município.
A ação, realizada nesta terça-feira, dia 7 de abril, ao meio-dia, pela Secretaria Municipal de Saúde em comemoração ao Dia Mundial da Saúde, reuniu no Largo do Rosário os profissionais do Samu, Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros, Setec, Emdec, Polícia Militar e Defesa Civil.
Durante o simulado foi realizado o atendimento pré-hospitalar de seis vítimas, que foram socorridas e estabilizadas na viatura no PMA, preparada para o atendimento ‘in loco’ de vítimas e para o armazenamento de equipamentos. A seguir os “acidentados” foram encaminhados aos hospitais em veículos do Samu.
A viatura, que tem capacidade para atender até cem pessoas vítimas específicas de catástrofes, é equipada com lonas laterais, cem kits catástrofes, gerador de energia para iluminação e conexão para internet. Sua utilização não é para o transporte de vítimas, mas para o atendimento imediato.
O lema deste ano da Organização Mundial de Saúde é “Quando acontecem os desastres, os hospitais seguros salvam vidas” e envolve todo e qualquer estabelecimento de saúde, independentemente do seu porte e localização, como o Posto Médico Avançado utilizado para a simulação.
Segundo o coordenador do Samu em Campinas, José Roberto Hansen, o Município hoje está preparado para atender a múltiplas vítimas em um acidente, seja ele de trânsito ou um desabamento, graças a disponibilidade da única viatura no País, o Posto Médico Avançado, que conta com um aparato que permite o socorro imediato dos sobreviventes.
Ainda, segundo o coordenador, o treinamento desses profissionais para um atendimento pré-hospitalar é fundamental, pois é o ponto principal quando ocorre uma catástrofe.
Segundo o secretário municipal de Saúde, José Francisco Kerr Saraiva, em simulados como este não apenas capacitam a equipe de profissionais envolvida como, também, desperta o interesse da população que acaba conhecendo a estrutura que a cidade oferece em situações de catástrofes e, ainda, orienta as pessoas como devem agir.
Resgate
Mesmo sendo apenas um simulado, toda uma estrutura foi montada para chegar o mais próximo possível da realidade. Quatro viaturas do Samu e uma do Corpo de Bombeiros chegaram ao local do “acidente” para prestar os primeiros-socorros às vítimas. Durante todo o processo, o coordenador do Samu, por microfone, relatava à população passo a passo os procedimentos do atendimento pré-hospitalar.
Hansen explicou que em acidentes, em primeiro lugar são atendidas as vítimas mais graves, que são encaminhadas aos hospitais de atendimento de casos de maior complexidade, como Hospital Maternidade Celso Pierro (PUC-Campinas), Hospital Municipal Mário Gatti, Hospital de Clínicas da Unicamp e Hospital Municipal e Pronto-Atendimento Ouro Verde. As vítimas com ferimentos mais leves são encaminhadas aos Pronto-Atendimentos (PA) e serviços de saúde. Os acidentados que têm algum convênio médico são encaminhadao aos hospitais particulares.
Trauma
De acordo com o tenente coronel Barbosa, do Corpo de Bombeiros, desde 1991 o Serviço de Resgate, implantado pelo governo federal, que promoveu a união entre a corporação e o Samu, melhorou a qualidade no atendimento às vítimas de acidente e diminuiu, ainda, o número de vítimas por trauma.
“O trauma é uma doença que atinge a maioria das vítimas de acidentes de trânsito, desabamento, violência urbana ou de trabalho e, que por muitas vezes, levou pessoas a óbito. Hoje, devido ao atendimento pré-hospitalar, realizado por uma equipe totalmente capacitada, esse índice caiu”, afirmou o tenente coronel. “Muita gente morria no local do acidente devido ao trauma e hoje isso não acontece mais”, finalizou.
