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quarta-feira, novembro 12, 2025
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SP produzirá substância para salvar recém-nascidos com problemas pulmonares de todo Brasil

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Instituto Butantan fabricará 200 mil doses de surfactante pulmonar por ano

A Secretaria de Estado da Saúde começa a produzir em larga escala surfactante pulmonar, substância extraída de pulmões de suínos que pode salvar a vida de crianças recém-nascidas com Síndrome do Desconforto Pulmonar. O acordo entre o Instituto Butantan, órgão da Secretaria, e o Instituto Sadia de Sustentabilidade (pertencente ao grupo Sadia) acontece nesta quinta-feira, 23 de fevereiro, às 11h.
Atualmente o Instituto Butantan produz cerca de 4.000 doses por ano do medicamento, fabricado a partir de pulmões de suínos doados pela Sadia. A partir de agora a Sadia vai se encarregar da primeira fase do processo – a extração do surfactante –, o que permitirá que a produção do Butantan seja ampliada para 200 mil doses por ano. Em primeira fase toda a produção do Butantan será destinada ao Ministério da Saúde, que assinará acordo nesta mesma quinta-feira e pretende distribuir gratuitamente o produto para todas as maternidades públicas do Brasil.
Estimativas do Ministério da Saúde mostram que, anualmente, cerca de 63 mil bebês – o correspondente a 30% dos prematuros – podem adquirir Síndrome do Desconforto Pulmonar. Estes recém-nascidos é que serão o público-alvo do medicamento. Numa segunda fase, prevê o Ministério, o aumento do acesso ao medicamento permitirá discutir o seu uso profilático e terapêutico em outras patologias, como pneumonias graves.
“São de extrema importância parcerias entre o setor privado e o setor público, como esta que será assinada entre Butantan e Sadia. Mais uma vez São Paulo mostra que está à frente em saúde no Brasil”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.

Tecnologia

A produção do surfactante pulmonar acontece a partir de uma tecnologia de extração do surfactante, desenvolvida pelo Instituto Butantan. Ao invés de enviar os pulmões de suínos ao Instituto, como vinha fazendo até agora, a Sadia fará a separação da substância. O processo de produção do biofarma está dividido em três etapas: extração do surfactante, purificação e liofilização. A Sadia ficará encarregada da primeira etapa.
Para viabilizar o projeto a Sadia montou uma área especial em sua unidade de Uberlândia (MG). Com 40 metros quadrados, nesse local será feito o “beneficiamento” de 500 quilos de pulmões de suínos por semana. Os pulmões são inicialmente moídos, em um equipamento especialmente desenvolvido para esta finalidade. Após a moagem é adicionada uma solução salina aos pulmões, que é em seguida filtrada. Na seqüência, adiciona-se celulose à mistura. É ela quem vai absorver o surfactante presente na solução.
Já separada da água, a celulose com o surfactante será enviada ao Centro de Distribuição da Sadia em Jundiaí, na Grande São Paulo, de onde o material seguirá para o Instituto Butantã, que se encarregará das demais etapas do processo. Serão enviados ao órgão aproximadamente 300 quilos de celulose “enriquecida” com surfactante por semana. O fornecimento dos pulmões suínos, da área para tratamento do material, além dos custos operacionais e de transporte, serão da Sadia.

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