À medida em que as cidades anunciam o conjunto de regras para flexibilizar a quarentena, em favor da retomada da economia, aumenta no país a incidência de casos do novo Coronavírus.
Os números mostram que mais de 1.300.000 pessoas já foram contaminadas, índices que mantem o Brasil em segundo lugar no ranking global de casos da doença. Uma análise recém divulgada pela Fundação Oswaldo Cruz mostra que não houve redução de transmissão da Covid19 em nenhuma cidade do país e para evitar possível colapso no sistema de saúde do país, especialistas destacam iniciativas importantes para esta etapa.
De acordo com o médico patologista clínico Alex Galoro, Gestor do Grupo Sabin, observar as tendências dos gráficos sobre incidência, mortalidade e ritmo de contágio, são essenciais para o controle do isolamento social. “Além disso, é imprescindível ampliar a capacidade de testagem, para identificar, isolar e rastrear contatos. Estes dados darão sustentabilidade ao processo de reabertura dos estabelecimentos”, aponta.
O médico destaca ainda que o rastreamento de contato é um importante aliado para ajudar na redução da incidência de novos casos no país. Adotado há décadas por entidades de saúde de todo o mundo para controlar a propagação de doenças infecciosas, o rastreamento de contatos permite identificar pessoas que foram contaminados com o vírus, isolando-os precocemente. Com base nestas informações, é possível interromper a propagação do vírus. Além disso, permite que os infectados se isolem e seus contatos se conscientizem da necessidade de fazer quarentena.
Mas como é feito o rastreamento? O médico Patologista Alex Galoro, Gestor do Grupo Sabin, explica que o rastreamento de contato para COVID-19 envolve várias etapas para garantir resultado efetivo.
“Primeiramente são feitas entrevistas com pessoas com COVID-19, para identificar todos com quem tiveram contatos próximos durante o período e avaliar quais têm potencial de terem sido infectados. Depois é feito o acompanhamento dos contatos para analisar se há sinais ou sintomas do Coronavírus e a testagem, sempre que possível.. Por fim, com estas informações, se decide acerca da necessidade de quarentena”, especifica o especialista.
O médico destaca ainda que por meio do sistema de rastreamento, as pessoas que tiveram contato com doentes com COVID são encorajadas não só a ficar em casa, como evitar contato próximo e compartilhamento de itens pessoais, com os familiares.
“O rastreamento é um passo importante agora nesta etapa em que precisamos para mitigar os casos. Com ele, os contatos com potencial de contaminação podem se monitorar, verificando temperatura e observando possíveis sintomas. Mais do que nunca, detectar pessoas com o Coronavírus e monitorar quem teve alguma interação com elas pode contribuir significativamente com a queda do ritmo de novos casos nesta fase de flexibilização da quarentena”, orienta.