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quarta-feira, novembro 26, 2025
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Deputados de Campinas Jonas Donizette, Paulo Freire e Carlos Sampaio votam a favor do projeto antifacção apesar de críticas da base do governo

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Representantes da região de Campinas, estão entre os parlamentares que apoiaram o texto relatado pelo bolsonarista Guilherme Derrite e deve enfrentar disputa no Senado

Aprovado por 370 votos a 110, o PL Antifacção — proposto originalmente pelo governo Lula, mas profundamente alterado pelo relator Guilherme Derrite (PP-SP) — contou com o apoio de deputados federais de Campinas, que acompanharam a maioria da Câmara e votaram sim ao texto-base. A proposta, que agora segue para o Senado, provocou forte reação da base governista e das bancadas do PT e PSOL, que votaram integralmente contra o projeto.

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A votação realizada nesta terça-feira (18) consolidou uma das maiores margens de apoio a um projeto de segurança pública na atual legislatura. Os deputados Jonas Donizette (PSB-SP) e Paulo Freire da Costa (PL-SP), Carlos Sampaio (PSD-SP) ambos ligados à região de Campinas, acompanharam o bloco majoritário que aprovou o Projeto de Lei Antifacção.

Entre os deputados de Campinas, tanto Jonas Donizette quanto Paulo Freire da Costa e Carlos Sampaio votaram com a maioria. Foto Wilson Dias/Agencia Brasil

Apesar de o governo Lula ter enviado a versão original do projeto ao Congresso, a medida foi amplamente modificada por Derrite, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança de São Paulo. O relator apresentou seis versões diferentes ao longo do dia, em meio a negociações intensas com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), governadores e lideranças partidárias.

Outro dispositivo que gerou atrito com a base do governo é a regra segundo a qual o Estado só poderá tomar posse definitiva dos bens de integrantes de facções ao final da ação penal, o que, segundo governistas, pode atrasar em anos o desmantelamento financeiro desses grupos.

Integrantes do PT afirmam que Derrite “descapitalizou a Polícia Federal” ao alterar o capítulo referente à atuação da corporação, reduzindo sua autonomia e capacidade operacional em investigações de larga escala.

O governo tentou adiar a votação, mas foi derrotado. Agora, a estratégia é pressionar o Senado para restaurar o texto original do Executivo ou rejeitar trechos incluídos pelo relator.

Como votou a bancada paulista e o que esperar no Senado
A bancada de São Paulo foi decisiva para a aprovação do PL Antifacção: partidos do centrão, PL, PSB, MDB e Republicanos formaram um bloco majoritário que deu larga vantagem ao relator. Entre os deputados de Campinas, tanto Jonas Donizette quanto Paulo Freire da Costa votaram com a maioria.

No Senado, o governo Lula aposta na articulação com Rodrigo Pacheco e com líderes moderados para reverter os trechos mais polêmicos — especialmente os que tratam da perda de bens, da definição de organização ultraviolenta e da concentração de poderes no Executivo estadual nas fases iniciais da investigação. A disputa deve ser intensa, já que governadores aliados ao centrão vêm pressionando pela manutenção do texto endurecido.

A expectativa é que o PL Antifacção seja votado ainda neste semestre, mas a base governista admite que a tramitação pode se prolongar se houver destaque de trechos considerados inconstitucionais ou contraditórios com a legislação penal vigente.

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