Nos últimos anos temos observado um crescente interesse por parte do público consumidor pelas chamadas cervejas artesanais.
Esse fato se deve à abertura do mercado, que permitiu a chegada de produtos de várias partes do mundo às nossas prateleiras. Colaborou também o aumento do poder aquisitivo da população que começou a viajar mais para o exterior, tendo mais contato com diferentes culturas e suas respectivas gastronomias e dentro disso, suas cervejas.
No Brasil, a exemplo do que acontece em muitas partes do mundo, é crescente a produção de cerveja por pequenos produtores, que se esforçam em apresentar estilos diferentes da bebida, mostrando aos consumidores que cerveja vai muito além da conhecida “loira estupidamente gelada”. Na verdade, ela não precisa ser loira e nem tão gelada, na maioria das vezes. Só para se ter uma ideia, os guias internacionais listam mais de 100 diferentes estilos da bebida. São opções claras, acobreadas, âmbar, escuras, com pouco amargor, alto amargor, com adição de especiarias, frutas, etc.
Aqui em nossa região foi formado no ano passado o Polo Cervejeiro da Região Metropolitana de Campinas, que engloba 11 cervejarias que produzem localmente diversos estilos de diferentes escolas cervejeiras. Fazem parte do Polo: Berggren (Nova Odessa), Cervejaria Campinas, Kalango (Americana), Nuremberg (Campinas) e Toca da Mangava (Sousas,), todas com produção própria e CrazyRocker, Daoravida, Kombuteco, Landel, Mafiosa e Tabuas – essas últimas produzindo de forma cigana (terceirizada).
As atividades da Toca da Mangava em nosso distrito começaram em agosto de 2013. A cervejaria além de produzir diferentes estilos de cerveja não pasteurizada também oferece cursos, degustações e várias atividades relacionadas com a cultura cervejeira. Assim Sousas e Joaquim Egídio há 5 anos fazem parte do mapa da revolução cervejeira que vem acontecendo mundo afora.
Por Alfeu Julio, Engenheiro de Alimentos e Cervejeiro