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sexta-feira, novembro 22, 2024

Estudo revela contaminação por bactérias e fungos em escovas de dente

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Utilizadas para a limpeza diária dos dentes, as escovas também podem servir de esconderijo para inúmeras bactérias e fungos, causadores de problemas gastrointestinais, febre e gengivite. Foi o que revelou um estudo realizado por duas alunas concluintes do curso de Ciências Biomédicas da Veris Faculdades com escovas dentárias de voluntários residentes de Campinas.

Tássia Bulhões e Adriana Perez analisaram dez escovas durante os meses de julho a novembro do ano passado e detectaram a presença de diferentes tipos de microorganismos nas cerdas, que se abrigam e proliferam no produto devido ao armazenamento em local úmido e fechado, condição normalmente encontrada nos banheiros, e também pelo contato com os alimentos durante a escovação.

Os encontrados durante a avaliação microbiológica de cinco escovas com mais de um mês de uso foram tipo Estafilococos coagulase negativa, coliformes totais e termotolerantes, bolores e leveduras, Yersinia enterocolítica, Psedudomonas aeruginosa, Enterobacter cloacae e Citrobacter.  Já as escovas restritas a um mês de utilização apresentaram uma redução em relação aos microorganismos Estafilococos coagulase negativa, Psedudomonas aeruginosa, bolores e leveduras.

“É importante ressaltar que os microorganismos encontrados são patogênicos e podem causar inúmeras doenças, principalmente quando entram em contato com a corrente sanguínea”, explicou a orientadora do trabalho e professora de microbiologia da instituição, Rosana F. Siqueira dos Santos. Sendo assim, um simples ferimento na boca ou gengiva pode ser uma fácil porta de entrada para uma infecção.

Desinfecção

Para evitar a contaminação, as estudantes também sugerem uma ideia prática e acessível para desinfectar as cerdas, com o uso de uma solução a base de anti-séptico bucal ou clorexidina, produtos facilmente adquiridos em uma farmácia. Basta utilizar a solução semanalmente nas cerdas por dez minutos para reduzir em 99,99% os microorganismos encontrados anteriormente. “Realizamos o estudo com 12 escovas novas, que foram contaminadas com uma carga alta de microorganismos por 30 minutos, e chegamos neste excelente resultado de descontaminação. Ou seja, além de trocar regulamente a escova, a população também precisa ficar atenta a descontaminação das cerdas”, ressaltou a professora.

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