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sábado, setembro 21, 2024

Fundação Jürgensen reabre exposição permanente

Data:

Escultura integra mostra permanenteApós concluir o projeto de restauração e revisão de seu acervo cultural, a Fundação Jürgensen reabrirá para o público na quinta-feira, 19/11, sua mostra permanente de artes plásticas formada por obras de Geraldo Jürgensen. Com área de 450 metros quadrados, o local retoma seu circuito expositivo com 1,6 mil obras do artista, um dos principais responsáveis pela formação do Grupo Vanguarda, em 1958, que reuniu diversos profissionais do segmento em Campinas/SP.
A exposição permitirá ao visitante contemplar a trajetória da arte brasileira a partir da visão revolucionária e das atividades do artista plástico Geraldo Jürgensen, que teve início no fim da década de 1940 e término em 1990. “A galeria possui quase meio século de histórias contadas a partir das obras do artista, referência não somente em Campinas, mas também no cenário artístico-cultural brasileiro”, comentou a presidente da Fundação Jürgensen, Regina Lúcia Rasteiro de Souza.
O acervo que será reaberto ao público tem sido considerado uma das principais fontes de pesquisa para artistas em formação e alunos de artes plásticas que buscam inspiração nas obras que resgatam parte da história do município e do cenário cultural brasileiro entre as décadas de 1940 e 1990. Além disso, tem constituído uma série de estudos e pesquisas acadêmicas, principalmente em Antropologia e História da Arte, devido à sua reconhecida importância artístico-cultural.
“Muitas das obras do artista plástico Geraldo Jürgensen que integram o acervo estiveram expostas no Salão de Belas Artes de Campinas e no Salão de Belas Artes do Rio de Janeiro, bem como no Salão do Jornal Folha de S. Paulo, onde até recebeu prêmio. Também não podemos deixar de destacar os trabalhos expostos no Salão Paulista de Arte Moderna, no Salão de Arte Contemporânea de Campinas e na X Bienal de São Paulo”, complementou a presidente da Fundação Jürgensen.
A Fundação Jürgensen está localizada no Guanabara, na região central de Campinas, num conjunto arquitetônico próprio que também possui salas de aula – onde são ministrados cursos livres de artes plásticas, artes cênicas, comunicação social e jardinagem –, espaço para conveniência e um anfiteatro com capacidade para 130 pessoas. O local passou a funcionar a partir de 2005, quando Adhemar Jürgensen, adquiriu o prédio para abrigar o acervo do irmão Geraldo Jürgensen.

SERVIÇO | EXPOSIÇÃO PERMANENTE
Coordenação: Fundação Jürgensen
Segunda a sexta, das 9h00 às 17h00; sábados, das 9h às 12h.
Local: Fundação Jürgensen
Rua Frei Antônio de Pádua, 889. Campinas/SP
Informações: 19.3243 9304
Entrada Franca

Sobre o Artista    
Geraldo Jürgensen (1927 – 1993, Campinas/SP) iniciou-se nas artes plásticas aos 19 anos de idade como aquarelista. Na época, participou do “IV Salão de Belas Artes de Campinas”, onde recebeu o “Prêmio Prefeitura Municipal”. Logo em seguida, muda-se para a capital fluminense para iniciar seus estudos acadêmicos na Faculdade Nacional de Arquitetura (Universidade do Brasil, Rio de Janeiro/RJ).
Neste período, uniu seu conhecimento adquirido em Campinas às propostas revolucionárias da arte moderna do Rio de Janeiro (influenciadas principalmente por artistas em formação e pensadores dos mais diversos segmentos culturais). Em 1956, realizou sua primeira exposição individual no Espaço Cultural da Faculdade de Arquitetura, instituição onde obteve seu diploma de arquiteto no ano seguinte.
De volta a Campinas, Geraldo Jürgensen retoma sua atividade artística, além de iniciar uma campanha inédita com os que também defendiam – e praticavam – a arte moderna para a realização do “I Salão de Arte Contemporânea de Campinas”. A experiência foi essencial para que pudesse integrar a formação inicial do Grupo Vanguarda, em 1958, que reuniu diversos artistas plásticos do município.
Neste período, intensificou sua produção artística, resultando na criação de obras que, traduzidas em números, somam-se a centenas de participações em salões oficiais, exposições (coletivas e individuais), premiações, trabalhos cenográficos e projetos arquitetônicos de monumentos que se valorizam não só pelo número de participações, mas pela importância dos eventos no cenário artístico.
Em 1962, Geraldo Jürgensen recebeu o “Prêmio Governador do Estado” por sua participação no “XI Salão Paulista de Arte Moderna”, com a escultura em tela de arame em formas vazadas. O prêmio foi mais um reconhecimento pelo talento do artista (aquarelista, hábil desenhista, pintor expressionista de traço solto e irretocável que dominou e inovou na técnica e no material da escultura modernista).
O artista participou do Salão de Belas Artes de Campinas (nas edições de 1946, 1957 e 1958) e do Salão de Belas Artes do Rio de Janeiro (1953). Em 1959, foi convidado a expor suas obras no Salão do Jornal Folha de S. Paulo, onde recebeu o Prêmio Leiner. Além disso, teve trabalhos expostos no Salão Paulista de Arte Moderna (1962, 1966 e 1975), no Salão de Arte Contemporânea de Campinas (1966, 1967 e 1971) e na X Bienal de São Paulo (1968).
Seu temperamento inquieto foi fundamental para que pudesse explorar inúmeras atividades, como a arquitetura, a escultura com arames, sucatas de ferro, tapeçarias de retalhos de couro, joias em sucatas de ferro, cerâmica, objetos de acrílico e móbiles em aço inoxidável, bem como às relacionadas com a pintura a óleo, acrílico e aquarela. Por isso, Geraldo Jürgensen é considerado o mais eclético artista plástico do Grupo Vanguarda, um profissional que também se destacou por seu caráter crítico, questionador e de pesquisa artística.

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