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segunda-feira, dezembro 23, 2024

Mostra do Cinema Francês Contemporâneo é lançada com festa em Fortaleza

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BRASIL1O novo olhar lançado sobre a temática da guerra no filme “A França” (La France), de Serge Bozon, conquistou o público e arrancou longos aplausos durante sua apresentação em Fortaleza, no dia 27 de outubro, abrindo a Mostra do Cinema Francês Contemporâneo na cidade. O evento, ocorrido no Cine Sesc São Luiz, o cinema mais antigo hoje em funcionamento na capital cearense, integra a programação de comemorações do Ano da França no Brasil.
 
A película, de 2007, é ambientada no período da Primeira Guerra Mundial, e conta a história de Camille em busca de reencontrar o seu marido, soldado de guerra. Após receber uma carta sua, informando que ela não mais o veria, a mulher se disfarça de soldado e se segue à procura do esposo. No caminho, junta-se a um grupo de desertores, onde descobre uma outra França, fora das trincheiras, mas ainda assim dolorosa.
 
“O que é interessante em fazer um filme de guerra é fazer com que o mais esperado se torne inesperado. É mostrar um ângulo diferente daquilo que já foi mostrado. De fato, a violência atrasa tanto que, quando ela chega, surpreende o espectador. E a violência no filme é mais ligada aos habitantes e ao sexo que à guerra em si. Não são os alemães que fazem a guerra no filme”, comenta o diretor, que esteve presente na capital cearense para o lançamento da mostra.
 
“A idéia era sair dos filmes que já estavam distribuídos aqui, e buscamos a curadoria do Cahiers du Cinema. É uma revista muito prestigiada da critica da França”, explicou a adida audiovisual da Embaixada da França no Brasil, Brigitte Veyne, sobre a seleção dos filmes para a mostra, que inclui ainda outros sete títulos, todos inéditos nas salas comerciais de exibição do País.
 
“É realmente uma mostra importante, porque é uma das únicas do Ano da França no Brasil que vai ter em todo o País, em todas as unidades do SESC, que são 231. Então, realmente isso vai cobrir o Brasil todo, e a gente sabe que é difícil isso por aqui”, comentou a adida, informando que hoje cerca de 40 filmes franceses são exibidos anualmente nos cinemas brasileiros, de uma produção que chega a 240 películas anuais.
 
A Mostra de Cinema Francês Contemporâneo é uma parceria entre o SESC e a Embaixada da França no Brasil e, após a sua realização, serão publicados 300 estojos dos filmes selecionados em DVD, que ficarão nas unidades do SESC para pesquisas e consultas. Este fator é avaliado como de extrema importância pela assessora da Presidência do Comissariado brasileiro do Ano da França no Brasil, Áurea Gonçalves, que também prestigiou o lançamento da mostra em Fortaleza.
 
“Achei uma ação de desconcentração da cultura muito importante do Ano da França no Brasil. Além da divulgação dos títulos por um ano sem o direito autoral, tem esse lado educativo, com a disponibilização desses estojos”, afirmou, após a exibição de ‘A França’, que caracterizou como “um filme de sonhos”. “É um filme muito bonito, porque é uma visão fabulosa de um grupo desertor da Primeira Guerra”, aponta.
 
Esse aspecto educativo da mostra também foi destacado por Nadia Morena, do departamento nacional do SESC. “O SESC, enquanto instituição e tem uma diretriz de ação voltada para a educação. Ele se institui uma missão educativa. Então, na área de cultura, a gente sempre trabalha na questão da formação de público e o desenvolvimento artístico e cultural. No caso do cinema, a gente procurou fazer um trabalho de formação de público e com os artistas das diversas regiões do país. A parceria com a Embaixada da França, trazendo mostras de filmes franceses e trazendo artistas franceses, faz parte dessa filosofia de trabalho”, analisa.
 
Até o dia 3/11, serão exibidos ainda, em Fortaleza, “Até Já” (A Tout Suíte), de Benoit Jacquot; “Povoado Number One” (Bled Number One), de Rabah Ameur-ZaÏmeche, “A esquiva” (L’Esquive), de Abdellatif Kechiche; “O Último dos Loucos” (Le Dernier des Fous), de Laurent Achard, “Assassinas” (Meutriéres), de Patrick Grandperret; “De Volta à Normandia” (Retour en Normande), de Nicolas Philibert e “Tudo Perdoado” (Tout Est Pardonné), de Mia Hansen-Love. Os filmes são produções feitas entre 2000 e 2007.
 

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