Todo verão, os estados da região Sul e Sudeste enfrentam fortes chuvas causadas pela estação. Várias regiões sofrem com constantes enchentes, Sousas é uma delas. O rio Atibaia não suporta toda a vazão que recebe e transborda, principalmente nas proximidades da subprefeitura.
No verão passado, segundo o Cepagri da Unicamp, choveu em Campinas 345,2 ml em dezembro e 279,7 ml em janeiro. O que causou transtornos no distrito. O último mês de 2009 foi muito chuvoso, fugindo das expectativas dos metereologistas. Já para a atual temporada, a perspectiva de chuva é de condições normais: 204 ml para dezembro e 260 ml para janeiro de 2011.
As defesas civis das cidades da Região Metropolitana de Campinas elaboraram o “Plano Metropolitano de Cidades”, que já está em prática desde o dia 1º de dezembro. Na terça-feira, 14, foi assinada a “Força Tarefa Metropolitana”. Se uma das 18 cidades da RMC que assinaram o acordo for surpreendida com as chuvas, contará com o apoio das demais.
A defesa civil de Campinas tenta se prevenir de surpresas desagradáveis monitorando o Rio Atibaia via rede telemétrica, 24 horas por dia, com 22 funcionários. Medidores de chuva também auxiliam na prevenção, e estão espalhados por toda a cidade, inclusive no Pico das Cabras, em Joaquim Egídio. O Observatório do Capricórnio monitora tais medidores.
Outros 20 órgãos da cidade trabalham em conjunto com a defesa civil, inclusive as secretarias. Cada uma tem seu planejamento específico para a temporada de chuvas. Já existem abrigos de emergência reservados para receber os desabrigados pelos temporais.
Segundo o subprefeito de Sousas, Lucrécio Raimundo da Silva, nada pode ser feito para evitar as enchentes, apenas tomar as providências adequadas para restaurar a ordem após os temporais.
O comerciante Gilberto de Moraes, o Giba, está acostumado com as enchentes na Rua Maneco Rosa: “Tem que erguer as coisas e esperar. A última vez a água ficou parada seis horas aqui dentro. Era pouca água, mas ficou muito tempo parada. Eu fico em cima do balcão vendo televisão. É nessa época que acontece, daqui pra frente é esperar. Tem que ficar esperto senão perde muita coisa.”
Isto é uma coisa inaceitável. A vasão do rio se dá a nós. E retirada da população ribeirinha, desassoriamento do Atibaia , alargamento de suas margens depois do distrito, são algumas ações que podem sim serem resolvidas. A avenida que liga aos bairros Jatibaia, San Conrado e outros, principalmente em 2 pontos (após Escola Tomas Alves e na descida da Figueira) poderiam ser elevadas com tubulações para escoamento, piscinões. A vontade pública com o povo eh a grande dificuldade. A retirada da população na área da sub prefeitura para que se alargue a margem direita seria outro caminho. Vontade e respeito ao povo. Só isso.