16.9 C
Campinas
segunda-feira, junho 9, 2025

STF adia para quinta (3) decisão que pode beneficiar Lula no caso de Atibaia

Data:

A juíza Carolina Lebbos, que substituiu Sérgio Moro no caso, preferiu aceitar a acusação do empreiteiro da OAS,Leo Pinheiro, que ao fazer delação premiada disse ter feitos reformas no local a pedido de Lula.

O ex-presidente Lula poderá ter direito a um novo julgamento no caso do sítio de Atibaia após decisão por 7 votos a 4 dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que entenderam ser direito do réu delatado fazer suas alegações finais após o delator. Esta decisão poderá anular dezenas de sentenças proferidas pelo então juiz da operação Lava Jato e atual ministro, Sergio Moro, que não respeitou o direito de ampla defesa.

Apesar desta decisão, o presidente do Supremo, Dias Toffoli, propôs que o plenário da Casa fixe uma orientação geral com critérios objetivos na aplicação do entendimento firmado pelo STF, o que foi acatado por oito votos a três dos ministros do plenário. Toffoli defendeu duas teses que podem ser analisadas separadamente, em votações distintas. A votação da análise das teses foi marcada para esta quinta-feira (3).

A primeira tese é que sejam analisados nos processos, em que já houve condenação, se de fato a ordem das alegações finais prejudicou o réu. A segunda é que a decisão do STF só valerá se o réu contestou esse ponto desde o julgamento em primeira instância. Esta última proposta também favorece Lula que recorreu da decisão já na 1ª instância, no caso do sítio de Atibaia.

Lula foi condenado sem provas, em primeira instância a 12 anos e 11 meses, no caso do sítio de Atibaia, mesmo após o ex-presidente ter provado que o sítio não era dele. A juíza Carolina Lebbos, que substituiu Sérgio Moro no caso, preferiu aceitar a acusação do empreiteiro da OAS,Leo Pinheiro, que ao fazer delação premiada disse ter feitos reformas no local a pedido de Lula.

Entenda o julgamento no STF

A decisão do STF teve como base o HC nº 166373 pedido pela defesa de Márcio de Almeida Ferreira, ex-gerente da Petrobras, condenado a 10 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, que questionou a apresentação das alegações finais ao mesmo tempo de réus delatores e delatados. Para os advogados do ex-gerente, a decisão de Sérgio Moro, de impedir que o réu se defenda por último fere o direito de ampla defesa e interfere no resultado do julgamento contrário ao réu delatado.

Por 6 votos a 5, o plenário do STF acatou o pedido de habeas corpus da defesa do ex-gerente da Petrobras e decidiu pela anulação da sentença. Já na tese geral, são 7 votos favoráveis e 4 contrários ao direito do delatado se manifestar por último. Os ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes,Celso de Mello e o presidente da Casa, Dias Tofolli entenderam que é direito dos delatados se manifestarem depois dos colaboradores da operação Lava Jato. Os votos contrários vieram do relator Edson Fachin e dos ministros Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Marco Aurélio.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Compartilhe esse Artigo:

spot_imgspot_img

Últimas Notícias

Artigos Relacionados
Relacionados

Com líder do Conselho Europeu, Lula reforça convicção no acordo Mercosul-União Europeia

O presidente Lula teve neste domingo (8/6), em Mônaco,...

Em conferência da ONU, Lula anuncia que Brasil vai ampliar áreas marinhas protegidas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva posicionou o...

STF julga recurso de Carla Zambelli para anular condenação

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta...

Bolsonaro diz que deu R$ 2 milhões para custear filho que está nos EUA

O ex-presidente Jair Bolsonaro disse hoje (5) que depositou...
Jornal Local
Política de Privacidade

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) já está em vigor no Brasil. Além de definir regras e deveres para quem usa dados pessoais, a LGPD também provê novos direitos para você, titular de dados pessoais.

O Blog Jornalocal tem o compromisso com a transparência, a privacidade e a segurança dos dados de seus clientes durante todo o processo de interação com nosso site.

Os dados cadastrais dos clientes não são divulgados para terceiros, exceto quando necessários para o processo de entrega, para cobrança ou participação em promoções solicitadas pelos clientes. Seus dados pessoais são peça fundamental para que o pedido chegue em segurança na sua casa, de acordo com o prazo de entrega estipulado.

O Blog Jornalocal usa cookies para que possamos oferecer a melhor experiência de usuário possível. As informações de cookies são armazenadas em seu navegador e executam funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.

Confira nossa política de privacidade: https://jornalocal.com.br/termos/#privacidade