O pão nosso de cada dia
Campinas recebeu, durante os mandatos de Lula, gordas fatias do orçamento de programas federais. A intenção era uma só, fazer da cidade a capital petista do interior e alavancar os votos dos candidatos do presidente. Após as eleições, tanto Dilma quanto Mercadante foram derrotados em Campinas e as derrotas nas urnas podem doer para o prefeito Hélio de Oliveira Santos. No novo governo petista, Hélio deverá ir com o pires na mão pedir mais verba para a cidade, já que o investimento anterior não mostrou resultado.
O vendedor de enciclopédias
Lula garante que as verbas continuarão vindo normalmente para Campinas, mas, por mais que digam que o governo Dilma será o terceiro mandato de Luis Inácio, Rousseff não é da Silva. De Oliveira Santos terá que mudar sua estratégia. Acostumado em ir para Brasília com sua maletinha à tira colo e já sabendo em que portas bater, terá que ir de porta em porta. Lembrará aqueles velhos vendedores de enciclopédia de capa dura. Vida dura.
Difícil saber
É mais fácil encontrar Pedro Serafim (PDT), futuro presidente do legislativo, na Câmara ou Lucrécio Raimundo, subprefeito de Sousas, na subprefeitura?
Despedida?
A impressão que dá é que Lucrécio já arrumou suas malas e está pronto para ir embora. Ele não confirma sua saída da subprefeitura, diz que não sabe de nada e que está pronto para o que der e vier: “Se ele quiser eu fico, se não quiser eu saio”. O prefeito Hélio de Oliveira Santos promoverá uma reforma no executivo e muitas cabeças vão rolar, a do subprefeito pode ser uma delas. Em compensação, Lucrécio já pensa em uma candidatura para vereador em 2012. O partido? Aquele em que Hélio estiver.
Candidatura incerta
A candidatura de Carlos Sampaio (PSDB) à Prefeitura Municipal de Campinas, dada como certa, não é tão certo assim, segundo alguns políticos campineiros. A possível ida do deputado federal para a secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo faz com que Carlão repense sua candidatura em 2012.
4ª Derrota ou liderança estadual?
Ocupando uma das pastas de maior destaque do governo Alckmin, Sampaio terá tudo para se tornar uma liderança estadual do PSDB, postulante até, quem sabe, ao governo do estado em 2018. Enquanto isso, a disputa ao Palácio dos Jequitibás será acirrada e uma quarta derrota não pega bem para a imagem de nenhum político.
Para onde voariam os tucanos
Os tucanos teriam duas opções para 2012: Lançar um novo nome, para que mesmo derrotado, ganhe força para 2016 ou apoiar Jonas Donizette (PSB). O novo nome do tucanato campineiro é Artur Orsi, líder do PSDB na Câmara. Por sua vez, pessoas próximas a Jonas estão confiantes na dobradinha PSB e PSDB, alegam até que o deputado federal tem bom relacionamento com o alto escalão tucano no estado. Vale lembrar que o PSB, partido de Jonas, fazia parte da coligação de Dilma Rousseff, mas, o então candidato, ficou em cima do muro no 2º turno, não quis “criar caso” com o PSDB.
Grande coligação
Ainda estamos em 2010, mas já é grande a negociata para as eleições de 2012. Além de um eventual apoio tucano a Jonas Donizette, PPS, PR e PP já demonstram interesse em participar da festa. O ano termina com ventos favoráveis ao virtual candidato do PSB. Ficará difícil para a base aliada de Hélio, PT e PDT, articular uma candidatura tão forte para confrontar o deputado federal.
Vida de assessor
Ser assessor de imprensa de uma figura, minimamente, controversa como O Politizador não deve ser nada fácil. Na sessão do dia 1º, seus assessores eram educados, simpáticos e atenciosos com os manifestantes (contra a atual política cultural de Campinas), presentes na Câmara. O vereador subiu à tribuna e bateu boca com integrantes da manifestação, para a indignação de seus funcionários: “Era só ele concordar, pra que tudo isso?”, comentavam levando a mão à cabeça.
Despedidas
“Que me esqueçam” – João Baptista de Oliveira Figueiredo
“Minha gente, não me deixe só!” – Fernando Collor
“Vou sentir saudades da piscina do Alvorada” – Fernando Henrique Cardoso
“Não só desejo continuar sendo lembrado, como também pretendo ficar muito tempo por aí” – Luis Inácio Lula da Silva