Um encontro para acelerar os negócios relacionados à mandioca vai reunir empresários, exportadores e industriais em Paranavaí (PR) entre os dias 21 e 23 de novembro. É a terceira edição da Feira Internacional de Mandioca (Fiman), que retorna à agenda pela primeira vez depois da pandemia. Cinco anos após a última edição, as expectativas são altas: “Esperamos ter um público ainda maior, negócios mais volumosos, mais transações comerciais entre as empresas exportadoras e o público que vai ao evento”, destaca Maurício Gehlen, presidente do Conselho Deliberativo da Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (ACIAP), realizadora do evento.
As inovações dos últimos anos explicam porque o cenário é otimista: a cultura da mandioca evoluiu e colocou o Paraná como o principal produtor da raiz com finalidade industrial no Brasil. “Pudemos lançar novos produtos neste período, como as farinhas panificáveis e amidos modificados para diversas linhas”, complementa Gehlen. Somando a mandioca industrial e a mandioca de mesa, o Valor Bruto de Produção (VBP) em 2022 foi de R$ 3,1 bilhões.
Demanda em alta
A demanda pela raiz da mandioca segue em alta no país. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Pesquisa Aplicada (Cepea), apesar da oferta limitada para indústrias – provocada por menor disponibilidade no campo e pela retração de parte dos produtores – os preços se mantiveram firmes entre julho e agosto de 2023. O valor médio semanal no início de agosto ficou em R$ 706,10 por tonelada.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que este ano a colheita nacional ficará em torno de 18,4 milhões de toneladas, colhidas a partir dos 1,24 milhões de hectares plantados. Atualmente, o estado que mais produz a raiz é o Pará, seguido pelo Paraná e pela Bahia.
Na safra 2022/2023, o Paraná plantou 126,4 mil hectares de mandioca industrial que renderam 2,9 milhões de toneladas; e mais 19,6 mil hectares de mandioca de mesa, com produção de quase 400 mil toneladas. Com a Finam, o mercado abre oportunidades para ampliar a capacidade de produção e fortalecer a cultura de inovação observada nos últimos anos.
Pensamento global
O potencial de exportação é outro ponto relevante para os organizadores da Finam 2023, que espera muitas delegações internacionais. Na edição de 2018, o evento recebeu representantes de Guiné, Serra Leoa, Luanda, Tailândia, Nigéria, Costa do Marfim, Colômbia, Gana, Estados Unidos, África do Sul, Paraguai, Senegal, Nicarágua, entre outros.
De acordo com o Cepea, em 2022 o Brasil exportou 43,6 mil toneladas de fécula de mandioca, 6% a mais do que o volume comercializado com outros países em 2021. A Finam 2023 já tem expositores internacionais confirmados, entre eles, Bosida, Sino Food Machinery e Bah Souley.
Desafios e oportunidades
Para se tornar o maior produtor nacional de mandioca industrial, o Paraná tem investido na melhoria dos processos de plantio e cultivo, com manivas selecionadas, melhor preparo e adubação do solo. O processo da colheita, no entanto, ainda é feito manualmente por grande parte dos produtores. Mecanizar a atividade e investir em genética e pesquisa são algumas das prioridades do setor – não somente no estado, mas em todo o país.
Com essas inovações, o país pode alçar posições mais altas no ranking de grandes exportadores da fécula de mandioca. Atualmente, os maiores compradores são os Estados Unidos e o Paraguai, que em 2022 responderam, respectivamente, por 35,9% e 32,9% das compras.
Fiman deve reunir mais de cinco mil pessoas
Seguindo a tendência de crescimento do mercado, a edição 2023 da Feira Internacional da Mandioca deve atrair mais de cinco mil pessoas entre industriais, produtores, fornecedores, consumidores e varejistas. Em 2018, foram realizados cerca de R$ 180 milhões em negócios. Além dos expositores internacionais, diversas marcas brasileiras estão confirmadas nesta edição: Amidos Bankhardt, Grupo Fankote, Podium, Unimake, Fino Alimentos, Trans Scalcon, Secamaq, Ademicon Paranavaí, Top Limpeza, Central Mesch, Trevisan, Veneza Máquinas e Paranavaí Máquinas.
A Fiman é uma realização da ACIAP em parceria com a Sociedade Rural do Noroeste do Paraná, Sindicato Rural de Paranavaí, Centro Tecnológico de Mandioca (CETEM), Prefeitura de Paranavaí, Associação Brasileira de Produtores de Amido de Mandioca (ABAM) e Sindicato das Indústrias de Mandioca do Paraná (SIMP).
Serviço – Feira Internacional da Mandioca – FIMAN 2023
Data: 21 a 23/11
Local: Parque Internacional de Exposições Costa e Silva: BR-376, Zona 11 | Paranavaí (PR)
Horário:13h às 20h
Entrada: gratuita
Promoção: Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (ACIAP), Sindicato Rural de Paranavaí, da Sociedade Rural do Noroeste do Paraná, da Prefeitura Municipal de Paranavaí e do Centro Tecnológico da Mandioca (CETEM)