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terça-feira, dezembro 17, 2024

Novas estratégias de controle do mosquito da dengue serão ampliadas para todos os municípios, diz Nísia Trindade

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A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou neste sábado (14/12) do Dia D de Mobilização contra a Dengue em São Cristóvão, no Rio de Janeiro, quando falou das formas de controle do mosquito Aedes aegypti que vem sendo utilizadas em vários estados do País. Entre eles, o método Wolbachia que impede o desenvolvimento dos vírus da dengue zika chikungunya febre amarela, ajudando a reduzir a transmissão dessas doenças.

Segundo a ministra, a pasta pretende dar uma escala nacional a essas medidas. “Novas estratégias de controle do mosquito estão sendo implementadas nos estados, e iremos ampliá-las para todo o País”, afirmou. Nísia Trindade reforçou também a importância da participação ativa da sociedade para o sucesso das ações e para a proteção da saúde pública.

Durante visita à Clínica da Família São Sebastião, no Caju, a ministra acompanhou atividades de conscientização e eliminação de focos do mosquito. “Receber bem os agentes do Sistema Único de Saúde (SUS) é fundamental para que a prevenção seja eficiente”, enfatizou.

Em todo o País, Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE) , devidamente uniformizados e identificados, estão visitando as residências para orientar famílias e auxiliar na eliminação de criadouros do mosquito. Além disso, ações educativas  e mutirões de limpeza vêm sendo realizados nas comunidades.

Dia D nas cinco regiões do País

Gestores do ministério estiveram presentes em diversos estados do Brasil para reforçar a importância da mobilização contra a dengue. Em Porto Alegre, esteve presente a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente , Ethel Maciel. Na Bahia, o secretário-adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, Rivaldo Venâncio, representou a pasta. Em Minas Gerais, o secretário de Atenção Especializada à Saúde , Adriano Massuda, participou de ações. O secretário de Atenção Primária à Saúde , Felipe Proenço, esteve em Goiás. No Distrito Federal, a presença foi da coordenadora-geral de Vigilância de Arboviroses, Lívia Vinhal. O diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública, Edenilo Barreira, esteve na mobilização no Ceará. No Maranhão, as ações contaram com a participação do coordenador da Força Nacional do SUS , Rodrigo Stabelli. Em Sergipe, o representante do ministério foi o secretário-adjunto de Atenção Primária à Saúde, Jerzey Timóteo. No Amapá e no Pará, estiveram, respectivamente, a diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis, Alda Maria da Cruz, e a diretora do Instituto Evandro Chagas, Lívia Carício.

Nísia em São Cristóvão 1.png
Foto: Rafael Nascimento/MS

Prevenção: a melhor alternativa

Para conter a dengue, é essencial eliminar locais com água parada, propícios para a reprodução do Aedes aegypti . Medidas simples incluem:

  • Virar garrafas e recipientes com a boca para baixo;
  • Tampar caixas d’água, tambores e cisternas;
  • Limpar e trocar regularmente a água de vasos de plantas e pratos;
  • Manter quintais limpos, livres de entulhos;
  • Colocar areia nos pratinhos de plantas para evitar acúmulo de água;
  • Descartar corretamente o lixo;
  • Limpar frequentemente recipientes que armazenam água, como bebedouros de animais, utilizando escova e sabão;
  • Inspecionar e desobstruir calhas para prevenir acúmulo de água;
  • Descartar ou armazenar adequadamente objetos desnecessários que possam acumular líquidos, como pneus velhos, latas e plásticos;
  • Dobrar lonas e plásticos de forma que não formem poças.

A proteção contra picadas também é fundamental. Para isso, orienta-se:

  • Instalar telas em janelas e portas;
  • Aplicar repelentes durante o dia;
  • Vestir roupas claras que cubram braços e pernas.

Piscinas, fontes e reservatórios de água devem ser inspecionados regularmente, especialmente em áreas com alta incidência da doença. Participar de ações comunitárias, como mutirões de limpeza, e conscientizar vizinhos sobre os cuidados necessários fortalece o combate ao mosquito.

A prevenção continua sendo o melhor caminho contra a doença, e cada cidadão tem um papel crucial nesse esforço coletivo.

Em caso de suspeita de dengue, com sintomas como febre alta, dor de cabeça, dores no corpo e manchas na pele, é essencial buscar atendimento médico imediato.

Nísia em São Cristóvão 2.png
Foto: Rafael Nascimento/MS

Plano de ação e investimento ampliado

O Plano de Ação 2024/2025 do Ministério da Saúde visa reduzir casos e óbitos por arboviroses , com um investimento de R$ 1,5 bilhão, o que representa um aumento de 50% em relação ao ciclo anterior. Entre as ações estão:

  • Novas tecnologias: uso de métodos inovadores, como o Wolbachia e mosquitos estéreis;
  • Vacinação: garantia de doses para o público-alvo;
  • Testagem: ampliação de insumos laboratoriais;
  • Controle vetorial: distribuição de inseticidas e biolarvicidas.
O método Wolbachia utiliza uma bactéria que, ao ser introduzida em mosquitos Aedes aegypti, impede a replicação dos vírus que causam essas doenças. Desde o início dos estudos no Brasil, em 2012, o número de pessoas contempladas pela tecnologia cresceu de cinco mil para mais de quatro milhões – e a expectativa é alcançar cinco milhões até 2025. 

Cenário atual

Dados do Boletim InfoDengue indicam um aumento contínuo nos casos da doença, especialmente nas regiões Sul e Sudeste. Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal estão entre os estados mais afetados.

Campanha nacional

O Ministério da Saúde reforça a segunda fase da campanha nacional de conscientização, que traz o slogan “Tem sintomas? A hora de ficar atento à dengue, zika e chikungunya é agora”. A campanha incentiva a população a buscar atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ao identificar sintomas como febre, manchas vermelhas no corpo e dores atrás dos olhos.

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