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domingo, junho 8, 2025

Doença Celíaca atinge 1% da população mundial

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Dieta balanceada e acompanhamento nutricional reduzem os sintomas e ampliam qualidade de vida

Transmitida geneticamente e desencadeada pela ingestão de glúten, a Doença Celíaca afeta o sistema imunológico de 1% da população mundial, conforme os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A nutricionista do Grupo São Cristóvão Saúde, Cintya Bassi, explica que pela falta da enzima responsável pela quebra do glúten, essa proteína fica acumulada no intestino delgado, então o corpo passa a atacar a região, dificultando a absorção de nutrientes.

A dificuldade no diagnóstico

No Brasil, a Associação de Celíacos estima que um a cada 600 habitantes possuam a doença, mas esse número pode ser muito maior. O diagnóstico da doença costuma ser demorado, isso porque os sintomas da celíaca são similares aos de outras doenças, então a confirmação só é obtida por meio de uma biópsia, da observação contínua da alteração no revestimento interno do intestino delgado e de exames de identificação de anticorpos.

Os sintomas vão desde físicos a emocionais, incluindo anemia, vômito, diarreia crônica, alteração do peso corporal, atraso no crescimento, alteração de humor, dores abdominais, aftas de repetição e osteoporose. “Muitos pacientes só são diagnosticados quando estão debilitados, por conta da baixa taxa de absorção de nutrientes essenciais, mas isso tem melhorado com a maior atenção que tem sido dada à doença”, afirma Cintya.

Convivendo com a doença

Após o diagnóstico, o paciente começa uma dieta com restrição total de alimentos a base de grãos que contenham glúten, como o trigo, o centeio, a cevada e o malte. Também se aconselha a retirada da aveia que, por ser armazenada, processada e transportada junto com o trigo, acaba sofrendo contaminação cruzada, ou seja, ela contém traços de glúten pelo contato com outros grãos.

Há alguns anos, essa exclusão da proteína acabava removendo quase todos os carboidratos da alimentação dos celíacos, devido à utilização de farinha de trigo em grande parte desses alimentos e aos altos preços de produtos sem glúten. “Com a moda das dietas de emagrecimento sem glúten, a indústria passou a produzir mais produtos para atender a esse público, aumentando tanto as quantidades quanto a variedade, o que abaixou o preço desses alimentos no mercado”, afirmou a especialista do São Cristóvão.

Para substituir a farinha de trigo nas receitas, a nutricionista recomenda que os celíacos utilizem farinhas de arroz, de milho e de maisena, assim como polvilho e fécula de batata. Já para quem não tem nenhum tipo de intolerância ao glúten, ela aconselha que a proteína não seja retirada, mas que as farinhas normais sejam substituídas pelas integrais, que possuem maior quantidade de fibras e favorecem no funcionamento do intestino e do sistema imunológico.

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