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sábado, setembro 21, 2024

SALMO 91

Data:

Depois da temporada bem-sucedida no Sesc Santana, encerrada dia 19 de agosto, a adaptação de Dib Carneiro Neto (editor do Caderno 2) para o best seller de Dráuzio Varella volta a entrar em cartaz no Teatro Oficina, seguindo até 23 de setembro. Dirigido por Gabriel Villela, o espetáculo traz no elenco Pascoal da Conceição, Rodrigo Fregnan, Pedro Henrique Moutinho, Ando Camargo e Rodolfo Vaz

Depois de carreira bem-sucedida na literatura (Estação Carandiru, escrito em 1999, é um dos maiores fenômenos editoriais do Brasil, com vendas superiores a 460 mil exemplares), no cinema (sucesso de bilheteria em 2004, com o diretor Hector Babenco) e na televisão (na minissérie da Globo), a obra do médico e escritor Dráuzio Varella chega ao teatro. Adaptada por Dib Carneiro Neto (autor de Adivinhe Quem Vem para Rezar, com Paulo Autran), a história do maior presídio da América Latina ganha encenação do diretor Gabriel Villela. Para isso, Drauzio Varella cedeu os direitos de montagem da peça ao produtor Claudio Fontana.

SALMO 91, segundo texto montado do jornalista e dramaturgo Dib Carneiro Neto (de \”Adivinhe Quem Vem Para Rezar\”, com Paulo Autran), traz de volta personagens como o malandro Dadá, Nego-Preto, o romântico Charuto, a travesti Zizi Marli, o Bolacha (Sem-Chance), o Veio Valdo, o enfermeiro Edelso, o Zé da Casa Verde e suas duas mulheres, o travesti Veronique, Valente etc. Todos sujeitos a um rígido código penal não escrito, criado pela própria população carcerária.

O espetáculo leva aos espectadores crônicas fascinantes sobre formas de viver e morrer em estado de violência, descaso ou confinamento.

SALMO 91

Teatro Oficina – De 31 de agosto a 23 de setembro de 2007, sextas às 21h30, sábados às 21h30 e domingos às 19h

Bilheteria – (11) 3106 2818. Abre uma hora antes do espetáculo. Não aceita cartão

Administração – (11) 3106 5300.

Autor – Dib Carneiro Neto, adaptador da obra de Drauzio Varella.

Elenco – Pascoal da Conceição, Rodolfo Vaz, Rodrigo Fregnan, Pedro Henrique Moutinho e Ando Camargo.

Direção – Gabriel Villela.

Cenografia – Gabriel Villela.

Figurinos – Gabriel Villela.

Assistentes de direção – Gustavo Wabner e o Cacá Toledo.

Trilha Sonora – Tunica.

Desenho de Luz – Domingos Quintiliano.

Produção – Claudio Fontana.

Ingressos – R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (+ 60 anos / estudante / prof. rede pública)

Duração: 100 minutos.

Censura – 14 anos.

Capacidade do teatro – 230 lugares

Abaixo, depoimentos do cineasta Hector Babenco, do diretor Gabriel

Villela e do médico e escritor Drauzio Varella, a respeito do espetáculo:

\”Foi uma surpresa contundente, para mim que sou gato escaldado nas águas do livro do dr. Drauzio Varella, ter assistido à montagem que o Gabriel Villela fez do texto do jornalista Dib Carneiro Neto. Encontrei na minha experiência de espectador uma leitura nova, dinâmica e profunda, que me fez em todo instante me esquecer que um dia, há não muitos anos, eu adaptei da mesma fonte um filme chamado Carandiru.\” ( HECTOR BABENCO, CINEASTA )

\”Ter um espetáculo concebido por mim no Teatro Oficina é uma grande honra. O Oficina é para mim um dos templos sagrados do teatro universal e era um dos últimos lugares no Brasil onde sempre sonhei em estar. Já fui diretor artístico do inesquecível TBC, fui com o Grupo Galpão encenar um \”Shakespeare brasileiro\” no Globe Theatre, em Londres, e levei minha montagem de Fausto Zero, de Goethe, ao lendário Teatro Pushkin, em Moscou. Agora, outro sonho realiza-se: Salmo 91 no Oficina. Sinto-me realizando um sonho mais uma vez\”. (GABRIEL VILLELA)

\”O grande mérito do Dib Carneiro Neto foi escrever um texto que respeitou não apenas o conteúdo do meu livro, mas as características dos personagens, da prisão e, especialmente, a linguagem dos presos para criar uma polifonia de forte conteúdo dramático. Ao assistir ao despojado espetáculo criado por Gabriel Villela, fiquei com a impressão esquizofrênica de que estava vendo um texto meu e, ao mesmo tempo, outro muito melhor. \” (DRAUZIO VARELLA)

Sobre o texto

Na hora de elaborar a estrutura da peça, o autor misturou personagens, mesclou capítulos, colocou falas na boca de alguém que não disse exatamente aquilo naquele momento, preservando todas as situações que estão no livro. Dib optou por preservar a independência de cada história no livro, em respeitar o talento de contador de histórias de Drauzio Varella. Assim, escreveu 10 monólogos para serem feitos por dez atores diferentes ou por apenas dois artistas, alternando-se no palco (\”estas são as minhas sugestões nas rubricas do texto\”).

Gabriel Villela teve a idéia de chamar cinco atores e fazer cada um deles defender dois personagens. O autor se rendeu à concepção do diretor. \”Ele é um encenador suficientemente talentoso, tarimbado e premiado para saber o que está fazendo. Tenho plena confiança nele e certeza de que o resultado vai superar minhas expectativas.\”

Os monólogos têm ligação entre si, na medida em que alguns dos personagens citam outros – e todos juntos compõem uma síntese do efervescente microcosmo que se constitui o Complexo do Carandiru, com suas regras, suas normas de conduta, seu modo de vida, suas leis muito particulares. A Bíblia também é um forte elo de ligação usado por Dib para alinhavar as ações da peça. \”Escolhi isso porque ela é presença bem forte no Carandiru, na medida em que muitos presidiários, dentro da cadeia, buscam na religião exacerbada a solução para seus tormentos, medos e culpas.

A escolha do nome da peça 91 remete à força da religião para espiar as culpas dentro da cadeia e, mais que tudo, é um elemento diretamente ligado ao dia do massacre do Carandiru, em que oficialmente 111 presos foram mortos pela polícia. Nesse dia, conforme está no livro do Drauzio Varella, o personagem Dadá, sobrevivente desse massacre, se lembra que o Salmo 91 diz: \”Mil cairão à sua direita, e dez mil à sua esquerda, mas a ti nada acontecerá, nada te atingirá.\” A mãe de Dadá pede que ele leia esse Salmo pouco antes de acontecer o massacre, ele não lê, só lê depois que tudo aconteceu e aí fica entendendo por que ele sobreviveu.

Dib escreveu sua adaptação do Estação Carandiru em 1999, ano em que o livro do Drauzio Varella foi lançado pela Companhia das Letras e estava começando a se tornar um best seller brasileiro. \”Não havia ainda o filme nem o seriado da TV. Portanto, meu compromisso e minha responsabilidade de adaptador eram apenas com o magnífico livro do dr. Drauzio. É claro que agora tudo tomou um vulto maior: neste momento atual da montagem de minha peça, paira diante de todos nós o sucesso estrondoso principalmente do filme, visto por 2 milhões de pessoas no País\”, afirma Dib.

O autor continua: \”O fato é que Estação Carandiru é um livro tão rico, tão pleno de possibilidades artísticas, que seria natural que um dia ele ganhasse também os palcos, fosse por minha iniciativa ou pela de outro dramaturgo. É como se seus personagens clamassem por ganhar vida e por renascer daquele massacre por meio das mais variadas manifestações artísticas. Já houve até, em 2002, uma adaptação radiofônica do livro, feita pela Rádio BBC, de Londres, por Paul Heritage\”. Para Dib, \”a contundência da linguagem cênica agora só vai fazer bem a essa obra já tão dinfundida e conhecida. O teatro é mais uma forma artística de abordar o universo e os dilemas da clausura, tema principal do livro do dr. Drauzio e de minha adaptação\”.

Quando terminou de ler o livro, Dib Carneiro Neto estava fascinado por aquele microcosmo descrito pelo Drauzio: os mistérios da vida no cárcere, a forma de os presos se organizarem, os códigos de conduta, a hierarquia dentro da cadeia e, sobretudo, caiu de amores pelas histórias de vida daqueles seres enclausurados.

\”Drauzio narrou tudo isso bem mais do que se escrevesse um livro-reportagem. Ele simplesmente queria contar histórias, ou seja, acabou mesmo fazendo literatura – e do mais alto nível. Vários capítulos do livro, se arrancados dali, daquele contexto todo em que o volume foi organizado, poderiam integrar perfeitamente qualquer antologia dos melhores contos da literatura brasileira, fazendo frente a nossos maiores criadores. Digo isso com plena convicção de que é uma opinião compartilhada pelos melhores críticos literários do Brasil.\”

Ter sua peça dirigida por Gabriel Villela deixa o autor honrado. \”É um diretor que faz parte da minha paixão pelo teatro. \”Ele é um diretor expansivo, efervescente, fervilhante de idéias – e percebi logo que nada do que ele faz em cena é viagem inconseqüente e puramente delirante, tudo é resultado de muito estudo, muito afinco, muita leitura prévia com os atores, muito embasamento teórico. Por exemplo: de cara, ele conseguiu enxergar em meus monólogos, dez arquétipos, dez figuras-chave do universo das tragédias gregas. Fiquei fascinado por seu nível de compreensão do texto, pela qualidade de sua interpretação daquilo que escrevi. Ele sabe o que quer, ele sabe o que faz e usa sua criatividade com a segurança de um verdadeiro artista\”, completa.

Sobre a Casa de Detenção e o Livro

Com mais de 7.200 presos, a Casa de Detenção de São Paulo, conhecida como \”Carandiru\”, foi o maior presídio do Brasil durante quase 80 anos. Construída na década de 20 e desativada em 2002, era um conjunto arquitetônico formado por sete pavilhões, cada um com cinco andares. Neles havia corredores que chegavam a cem metros de comprimento. As celas tinham portas maciças. Os presos passavam o dia soltos e eram trancados à noite. Só o pavilhão Cinco abrigava 1.700 prisioneiros, mais de seis vezes a população carcerária do famoso presídio americano de Alcatraz, desativado nos anos 60.

Em 1989, o médico cancerologista Drauzio Varella iniciou na Detenção um trabalho voluntário de prevenção à AIDS. Seu relato dessa experiência resultou no best seller Estação Carandiru publicado em 1999 e vencedor do Prêmio Jabuti de livro do ano de não-ficção. Personagens como Mário Cachorro, Veronique, Roberto Carlos, Sem-Chance, seu Jeremias, Alfinete, Filósofo, Loreta e seu Luís ficaram famosos por suas experiências através das crônicas de Varella.

Sobre os personagens

DADÁ (Pascoal da Conceição)

Sobrevivente do massacre, tudo viu e tudo sabe. É atormentado por sentimentos como culpa, arrependimento e revolta. No presídio, tem fama de \”corpo fechado\” e gosta de repetir que já matou \”bem uma meia dúzia de três ou quatro\”. No auge do desespero, clama pela mãe religiosa. Na qualidade de narrador do massacre do Carandiru, o personagem abre e fecha o espetáculo. Contesta o número oficial de mortos (111) e garante que morreram mais de 250 no dia do massacre.

NEGO-PRETO (Rodrigo Fregnan)

Por ter sido traído por um parceiro de assalto, vive obcecado pela idéia de lealdade. Conhece bem as regras de convivência no presídio e, por isso, é o personagem que mais descreve à platéia o \”modo de vida\” dentro do Carandiru. Tem medo de enlouquecer na prisão e se esforça por acreditar na eficácia do sistema penitenciário, pois acaba de saber que seu filho é o mais novo \”hóspede\” da cadeia. Disfarça sua profunda amargura com um tom de paizão orgulhoso e confiante no futuro encarcerado do filho.

CHARUTO (Pedro Moutinho)

Traficante, cumprindo pena pela segunda vez, não vê a hora de sair do presídio para matar o amigo que se envolveu com sua nega Rosirene. Grandalhão, forte, bem dotado, é figura que se afirma pela exibição da masculinidade. Personagem que simboliza a libido reclusa e sufocada dentro da penitenciária. Adora ficar repetindo que é macho. Tem febrões noturnos por culpa de um dedo da mão inflamado pela mordida de um rato de esgoto em sua cela.

ZIZI MARLI (Ando Camargo)

Homossexual fragilizado, medroso e submisso, que fala de seu mundinho na clausura como se contasse um capítulo de telenovela. Divide o beliche da cela com um travesti, Margô Sueli, que, por sua vez, tem um \”marido de cadeia\”, o ladrão Santão. Zizi é a doméstica da cela, que cuida da cozinha, lava, passa e faz toda a arrumação. Adora os \’barracos\’ que as amigas-travestis aprontam no presídio, mas está sempre de fora de tudo, como um (tele) espectador passivo.

BOLACHA (Rodolfo Vaz)

Personagem que representa a \”lei\” dentro do presídio, o defensor dos códigos. É o \”encarregado geral\” de seu pavilhão, o que significa que tem poder decisório de juiz nas contendas entre os presidiários. É sempre consultado, por exemplo, nas questões de vingança entre eles e precisa ter a cabeça fria para autorizar ou não os \”serviços\”. Passa as noites em claro, matutando, e vive repetindo o bordão \”É sem chance!\”, retirado de outro personagem do livro de Drauzio Varella.

VÉIO VALDO (Pascoal da Conceição)

Negro, em torno dos 70 anos, é o personagem mais desencantado e descrente das boas intenções da clausura. Já passou pelos piores castigos e vive \’anestesiado\’, querendo fugir de todo e qualquer contato humano dentro da penitenciária. Não acredita na chamada \”reeducação\” dos presos. \”O Carandiru não é nada, não!\”, costuma dizer. Para ele, ficar sozinho é a única saída, é a estratégia certa num lugar onde não se pode confiar nem na própria sombra.

EDELSO (Ando Camargo)

Com passado de falso médico e roubo de carro, atua como enfermeiro na prisão e tem orgulho de sua função no Carandiru. Tem tanta prática como auxiliar do médico da penitenciária que quer sair da prisão e tentar de novo se dar bem como \’falso\’ médico. Sonha em montar seu próprio consultório. De forma divertida, com pitadas de ingenuidade e otimismo, o personagem entretém a platéia com suas histórias ligadas a um setor importantíssimo dentro de um Complexo como o do Carandiru: o atendimento médico no ambulatório.

ZÉ DA CASA VERDE (Rodrigo Fregnan)

Negro safo, de uma vitalidade a toda prova, é o personagem que representa justamente a pulsação vital que faz da penitenciária um microcosmo efervescente. É o oposto da apatia de Véio Valdo, já que, mesmo fechado na prisão, acredita em toda a energia que ainda tem para gastar.Tem duas mulheres, ama as duas e tem de dar conta das duas, inclusive nos \”dias de visita\” em que ambas aparecem no Carandiru. Em seu sonho de macho ativo e provedor, um dia sai da cadeia, junta as duas famílias num só teto e as sustenta com um esquema bem organizado de assaltos.

VERONIQUE (Rodolfo Vaz)

É um travesti extrovertido, mas ao mesmo tempo muito amargo, sobretudo por ter consciência de sua decadência física. Enxertos de silicone de quinta categoria causaram inflamações sérias em seu corpo e dores insuportáveis. Simboliza o jogo de poder dentro da cadeia, na medida em que faz chantagem com os presidiários a quem \”serve\” com seus préstimos sexuais. \”Se eu abro o bico, ó, reputação de malandro vai tudo pro esgoto\”, diz. Tem seqüelas de rejeição que vêm da infância, na relação com o irmão que o desprezava. Fica repetindo para si que é \”muita amada\” e \”muito querida\”, mas sabe que não sobrevive sem suas chantagens.

VALENTE (Pedro Moutinho)

Personagem que é síntese e retrato de todos aqueles presidiários que, dentro da cadeia, buscaram na religião exacerbada a solução para seus tormentos, medos e culpas. \”Sinto Deus operando na minha existência\”, diz ele, que anda munido de uma Bíblia. Sempre matou sem dó todos os que reagiam a seus assaltos e sua pena total é de 130 anos. Desde criança, morre de medo de tudo e disfarça essa fraqueza no próprio apelido que adotou (Valente).

Sobre DIB CARNEIRO NETO
DIB CARNEIRO NETO, 45 anos, nasceu em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. É jornalista formado em 1982 pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, exerce a profissão como editor do \’Caderno 2\’ do jornal \’O Estado de S. Paulo\’, onde trabalha desde 1991. Já foi editor-assistente da revista \’Veja São Paulo\’ e do suplemento \’Jardins\’ do \’Estadão\’. Em 2001, diplomou-se no Curso Master de Jornalismo para Editores, promovido em São Paulo pela Universidade de Navarra, da Espanha. Começou a carreira no jornal de bairro \’Gazeta de Pinheiros\’, em 1981. É crítico de teatro infantil desde 1990 e fez parte do júri do Ministério da Cultura – Troféu Mambembe. Integra a diretoria da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Artes), votando no Prêmio APCA na categoria de teatro infantil. Em 1996 e em 1999, também esteve no corpo de jurados do Prêmio Coca-Cola no Teatro. No ano 2000, foi membro do júri do Prêmio Panamco no Teatro, que substituiu o PrêmioCoca-Cola. Para teatro, além da peça \’Adivinhe quem vem para rezar\’ e \’Salmo 91\”, escreveu \’Depois Daquela Viagem\’, baseada no best seller juvenil homônimo, de Valéria Piazza Polizzi (editora Ática). Em 2003, teve seu livro inédito \’A Hortelã e a Folha de Uva\’, uma seleção de crônicas e memórias afetivo-gastronômicas, editado pela Dorea Books of Art (DBA), de São Paulo.

SOBRE GABRIEL VILLELA

Gabriel Villela estudou Direção Teatral na USP. É diretor, cenógrafo e figurinista. Iniciou sua carreira profissional em 1989 com \”VOCÊ VAI VER O QUE VOCÊ VAI VER\”, de R. Queneau, e \”O CONCÍLIO DO AMOR\”, de O Panizza. Desde então, recebeu 3 Prêmios Molière, 5 Prêmios Sharp, 12 Prêmios Shell, 14 Troféus Mambembe, 7 Troféus APCA, 7 Prêmios APETESP e 2 Prêmios PANAMCO, entre outros. Encenou Heiner Muller (RELAÇÕES PERIGOSAS), Calderón de La Barca (A VIDA É SONHO), William Shakespeare (ROMEU E JULIETA), Nélson Rodrigues (A FALECIDA), Arthur Azevedo (O MAMBEMBE), Strindberg (O SONHO), João Cabral de Melo Neto (MORTE E VIDA SEVERINA). Dirigiu uma trilogia de musicais de Chico Buarque para o TBC: \”Ópera do Malandro\”, \”Os Saltimbancos\” e \”Gota D\’Àgua\”. Dirigiu também \”A PONTE E A ÁGUA DE PISCINA\”, de Alcides Nogueira, indicado a 3 Prêmios Shell em 2002 e, \”FAUSTO ZERO\”, de Goethe, indicado a 3 Prêmios SHELL em 2004.

Dirigiu shows musicais (Milton Nascimento, Maria Bethânia, Ivete Sangalo, Elba Ramalho), óperas, dança e especiais para TV. Foi Diretor Artístico do Teatro Glória/RJ (1997/99), e também do TBC – Teatro Brasileiro de Comédia/SP (2000/01). Tornou-se um dos mais renomados diretores teatrais com reconhecimento internacional., sendo convidado a participar de Festivais nos EUA, Europa e América Latina. Com o Grupo Galpão (ROMEU E JULIETA e A RUA DA AMARGURA), Gabriel Villela foi convidado para uma temporada no Globe Theatre, em Londres, uma reconstrução do teatro original em que Shakespeare encenava seus textos, no século XVI, conquistando a crítica e o exigente público londrino. Vilela também representou o Brasil em Moscou, em julho de 2005, no Festival CHEKOV. Em 2006, dirigiu ESPERANDO GODOT, de Beckett, com Bete Coelho e Magali Biff e LEONCE E LENA, em parceria com o SESC AVENIDA PAULISTA.

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