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sábado, junho 28, 2025

Dicas para a geração que foi adolescente nos anos 90

Data:

Tenham autocrítica, inteligência e humildade. Não precisam ficar ressentidos nem traumatizados porque não nasceram em 1970 e por isso não viram Vila Sésamo (que aliás tinha Sônia Braga no papel de uma graciosa professorinha). Se não vivenciaram com lucidez os anos 70, com seus erros e acertos, sejam sinceros, mas isso não quer dizer que esses jovens estão dispensados da compreensão aprofundada do passado. Hoje em dia, até o mercado de trabalho exige que os jovens nascidos depois de 1978 conheçam bem os fatos e caraterísticas das décadas de 50, 60 e 70. Gente mais velha que esses jovens ainda têm potencial de passar a perna na petizada que, em 2004, tem de 21 a 26 anos (e, em certos casos, 27 e 28 anos).
. Quando se recordarem dos anos 80, é aconselhável ter, além das lembranças da infância (ou, em certos casos, da pré-adolescência), um saber histórico. Ficar somente nas lembranças da \”minha primeira Caloi\” ou do meu \”chichete de bola favorito\” é sinal de muita ingenuidade, e muito universitário caiu feito trouxa nessa forma infantil de recordação. Saiba que nos anos 80 houve a democratização do país e as transformações sócio-culturais que foram muito além da explosão do Rock Brasil naquele tempo.
3. Leiam muitos livros, mas não consultem os listões dos mais vendidos. Eles nem sempre mostram os melhores livros, e há o risco dos jovens optarem por livrinhos digestíveis de auto-ajuda, misticismo e esportes ou podem bitolá-los na historiografia policial, desses que mostram a questão das favelas e da criminalidade. É válido ler livros de Caco Barcelos e Dráusio Varella sobre pobreza e criminalidade no Brasil, mas eles estão monopolizando o gosto literário dos jovens atuais, tal como O Pequeno Príncipe de Saint-Exùpery monopolizou o gosto das patricinhas dos anos 80. Alguns autores recomendados, só para introdução de leitura: além dos clássicos já conhecidos, é bom ler Ruy Castro, Fernando Morais, Millôr Fernandes, Noam Chomsky, Luiz Antônio Mello, Arnaldo Jabor, Marina Colasanti, Afonso Romano de Santanna, Roberto Muggiati, e os saudosos Caio Fernando Abreu, Celso Furtado, Milton Santos e Sérgio Porto (também conhecido como Stanislaw Ponte Preta). Não é leitura digestível, mas também não se quer moleza: moleza é coisa de vadio. Uma dica: com um esforço de concentração, dá para ler um livro de 230 páginas num prazo de dez dias. Dá até para uma top-model ler cinco páginas de um livro a cada 20 minutos de intervalo dos seus compromissos. Uma modelo do porte de Maryeva Oliveira pode ler, a cada meia-hora, dez páginas de um livro de Marcel Proust e quinze de Clarice Lispector.
4. Veja bons filmes, os menos comerciais. Na música, procurem fazer o mesmo. Vá a apresentações de jazz, se está entediado, pode tomar uma bebida (alcoólica ou não, se desejar: se dirige carro, bebidas não-alcoólicas e nada de comprimidos com efeito sonífero). Procure sair do gosto popularesco ou convencional, dos mega-sucessos de sempre, da ditadura dos DJs. Para um jovem de perfil médio, o recomendável é ouvir MPB, como introdução a turma dos anos 60 e 70, se esforçando para conhecer intérpretes um pouco menos conhecidos e músicas idem.
5. Tenha um nível de desconfiômetro versátil e criterioso. Não queira escolher, no lixo cultural de hoje, aquele que é \”menos ruinzinho\” ou aquele que pelo menos serve para sua catarse individual. Vai ser doloroso, a princípio, um jovem passar a detestar, simultaneamente, É O Tchan, Zezé Di Camargo & Luciano, Chiclete Com Banana, Almir Rogério, Sidney Magal, Gretchen, KLB, Br\’OZ, Rouge, Jota Quest, Detonautas, Calcinha Preta, Frank Aguiar, Eminem, Rapazolla, Marilyn Manson, Backstreet Boys, Usher, Exaltasamba, Psirico, Silvano Salles e Kenny G. Mas tenha paciência, mesmo se algum destes tenha sido a trilha sonora de seus momentos marcantes. Usar a arrogância e o pavio-curto para se apegar a algum deles poderá ser prejudicial para sua imagem social, pois ninguém vai conquistar a reputação social – e muito menos o mercado de trabalho – se apegando ao lixo A apenas porque ele não é o lixo B nem o lixo C. Mas lixo é lixo de qualquer jeito, seja fazendo axé-music, arrocha ou nu metal.
6. Converse com as pessoas mais velhas e inteligentes. Sim, porque existem pessoas mais velhas e burras, ingênuas e crédulas. Imagine se o garotão surfista nascido em 1981 for falar com um mendigo nascido nos anos 50? Não é viável. Também mantenha o desconfiômetro, principalmente numa época em que sociólogos e antropólogos com mais de 40 anos de idade estão defendendo a música brega cegamente e os políticos de direita roubam o dinheiro e a boa-fé do povo mascarados de \”defensores progressistas da cidadania\”.
7. Antes de usar o neoliberalismo indevidamente para ações paternalistas com crianças e adolescentes favelados, que tal entender melhor as contradições da ideologia capitalista, através de uma leitura adequada (Karl Marx, Noam Chomsky, John Kenneth Galbraith e o brasileiro Ricardo Antunes)? Faça isso antes que recebam alguma doação generosa de um especulador financeiro a uma ONG. Essa doação pode ser sinal de um futuro controle político da ONG pelo próprio especulador. E aí, adeus filantropia.
8. Moderem a curtição. Noitadas demais cansam e até deprimem, pois as frustrações se seguem depois de tanta ilusão. Esportes radicais demais podem prejudicar a saúde e a mente. Desfiles de moda todo final-de-semana pouco acrescentam em termos de lição de vida. Televisão demais bitola. Brincar com o telefone celular é uma atividade alienante. Chats e mesmo Orkuts podem esconder internautas traiçoeiros. Lazer demais deixa de ser prazeroso para se tornar um vício, e os jovens, quando contrariados, poderão demonstrar desequilíbrio psicológico (irritação profunda e reação irracional, ainda que através de mensagens de e-mail). E isso só vai trazer sérios danos para a vida dos jovens que se viciam nessa obsessão pela diversão.

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Colônia de férias pratica Educação Ambiental

As crianças que participaram da colônia de férias da Replan de Paulínia, no Clube dos Empregados da Petrobras (CEPE), tiveram a oportunidade de acompanhar uma atividade ecologicamente correta. Além de muitas brincadeiras, música e descontração, este ano eles assistiram a uma palestra de Educação Ambiental.
A equipe da Associação Barco Escola da Natureza esteve realizando, nos dias 12 e 18 de janeiro, uma atividade de conscientização e preservação do meio com as 300 crianças que estavam na colônia. Na atividade as crianças tiveram informações sobre a importância da reciclagem, conservação e preservação das águas e vegetação, entre outras questões ambientais.
Segundo o Vice-presidente do Barco Escola, José Roberto Basso, durante a palestra quem mais fala são as crianças. “Nós procuramos interagir com eles todo tempo para termos maior atenção, adesão e compreensão”, explicou.
A atividade contou com a participação dos voluntários da Associação Anjos da Alegria. Caracterizados de palhaço eles interagiram durante a atividade questionando as crianças sobre as ações que já fizeram em prol da natureza.
“As crianças contaram diversos causos de ações que realizaram, principalmente de reciclagem. Com isso concluímos que eles já estão se conscientizando para preservar a natureza”, falou Basso.
Durante a atividade todas as crianças que participaram receberam o livro de Educação Ambiental “Dragonino no Barco Escola” utilizado nas atividades do programa “Navegando nas Águas do Conhecimento”, do Barco Escola. Além de receberem esculturas em bexiga dos “Anjos da Alegria” que alegrou a criançada no final da atividade.

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Inca mapeia consumo de cigarro entre estudantes
Depois dos alunos de ensino fundamental e médio, universitários também serão alvo de pesquisas em 2006

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os dias 100 mil crianças se tornam fumantes regulares em todo o mundo. No Brasil, a realidade não é diferente. As últimas informações divulgadas pela Vigilância de Tabagismo em Escolares revelam que cerca de 13% dos estudantes cariocas de 13 a 15 anos podem ser considerados fumantes freqüentes. A partir deste ano, o Instituto Nacional de Câncer, ligado ao Ministério da Saúde, pretende repetir o estudo em pelo menos uma capital a cada ano. Para 2006 também estão previstas pesquisas sobre uso de cigarro entre universitários de 18 a 24 anos.
Fortaleza apresentou o maior índice de garotos fumantes (27%). Em Porto Alegre, as garotas que fumam freqüentemente representam 24% das entrevistadas. Para a chefe da Divisão de Epidemiologia do Inca, Liz Almeida, o grande número de jovens fumantes resulta de uma combinação de fatores.
A médio prazo o fumo compromete a capacidade respiratória de seus usuários. Um fumante tem mais dificuldade para realizar atividades cotidianas como subir escadas ou praticar esportes. O cigarro aumenta a probabilidade de que esses jovens desenvolvam doenças cardiovasculares, respiratórias e vários tipos de câncer na vida adulta, como o de boca e o de pulmão. Liz Almeida adverte que no caso das meninas a situação é ainda mais problemática, por conta da questão reprodutiva. “Se essas garotas começam a fumar cedo, será mais difícil parar de fumar durante uma gravidez. Mães que fumam durante a gestação têm filhos com baixo peso e correm risco de sofrerem aborto”, alerta.
Vigescola
A Vigilância de Tabagismo em Escolares (Vigescola) é uma pesquisa que está sendo feita pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) para obter informações sobre o consumo de cigarros entre os jovens estudantes e faz parte de um estudo internacional desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para monitorar o tabagismo em estudantes de 13 a 15 anos, idade média de início do uso do tabaco.
A pesquisa foi criada em 1998 e vem sendo feita em todos os países do mundo. Pretende-se repetir o estudo a cada três anos. Com isso, ao longo de 15 anos será possível avaliar a tendência do tabagismo no mundo e a eficácia das ações de controle realizadas em cada país.
No Brasil, o Vigescola já cobriu 15 capitais, além do município mineiro de Cataguases. Em 2005, o Vigescola foi repetido em cinco cidades pesquisadas em 2002: Curitiba, Fortaleza, Natal, João Pessoa e Palmas. O Rio de Janeiro foi outra capital pesquisada. O estudo espera atingir as 26 capitais estaduais, mais o Distrito Federal.
Para participar do Vigescola é preciso se candidatar ao estudo junto ao Ministério da Saúde.

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Ensino integral no Tomás Alves

Neste mês, começa o ano letivo do Colégio Tomás Alves que está repleto de novidades. Essas mudanças se aplicarão aos alunos de 1ª a 8ª séries do ensino fundamental, que ficarão em tempo integral na escola.
Para que essa modificação fosse realizada, foi feita uma pesquisa com os pais, onde 70% aprovaram o ensino integral. A idéia e as assinaturas foram levadas até o Secretário de Educação, que viu com bons olhos o projeto.
As crianças iniciarão os estudos às 7:00 e encerrarão às 16:10, de segunda a sexta com hora de almoço e dois intervalos pela manhã e dois pela tarde. Durante o período da manhã, serão realizadas atividades básicas como Português, Matemática, História, Geografia, Biologia, Ed. Física e Artística. Após o almoço, que será oferecido na escola, os alunos iniciarão as oficinas.
Durante o período da tarde, as atividades oferecidas serão: Hora da Leitura, Experiências Matemáticas, Língua estrangeira( Inglês para 1ª a 4ª e Espanhol para 5ª a 8ª), Informática, Teatro, Artes Visuais, Música, Dança, Esportes e atividades de participação social.
Mas como será que os alunos que já estavam matriculados irão reagir aos novos métodos? “Para que a estadia na escola não seja maçante, é necessária uma boa divisão na grade horária, com atividades artísticas e em grupo. Isso irá melhorar a integração entre os alunos, já que estes passarão a maior parte do tempo com os colegas e os professores”, analisa a Psicóloga Flávia Martins.
Os alunos do Ensino Médio continuarão tendo suas aulas durante o período vespertino e noturno.

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A estrutura da escola

O Colégio Tomás Alves possui atualmente mil e duzentos alunos( 800 no ensino fundamental e 400 no ensino médio). Com o novo projeto, houve maior procura pela escola, surgindo até lista de espera. “Há séries em que o número de alunos já saturou, como é o exemplo da 6ª série”, relata a Professora e Coordenadora Elizabeth Pastore.
O que merece maior atenção é a hora do almoço, que será dividida em duas etapas: das 11:30 até as 12:30 para 1ª e 4ª séries e das 12:30 até as 13:30 para 5ª a 8ª séries. Essa divisão foi feita de forma que todos os alunos possam comer sentados e mais confortáveis. A merenda será oferecida pela Ceasa, e é vista com responsabilidade pela diretoria da escola.
Os cargos para professores já foram preenchidos com sucesso. Há professores para todas as disciplinas oferecidas no currículo do colégio. “Este projeto é muito rico, é um projeto de primeiro mundo. Havendo parceria entre o Estado, a comunidade, os pais e os professores, tem tudo para dar certo”, afirma Pastore.
As aulas terão início segunda-feira, no dia 13 de fevereiro.

Tiago Campos

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