O Laboratório de Cateterismo Cardíaco do Hospital das Clínicas (HC) da Unicamp chegou a 10 mil procedimentos de cateterismo cardíaco no mês de dezembro. O \”paciente número 10 mil\” foi um homem de 58 anos, que passou pelo procedimento no último dia 1 de dezembro, com o diagnóstico de doença coronária. A marca vem sendo computada desde 1987. O Cateterismo Cardíaco do HC é o único serviço credenciado pelo SUS de Campinas.
A próxima meta, segundo seu responsável, o cardiologista Eduardo Arantes Nogueira, é aumentar em 40% o teto de atendimento estipulado pelo Ministério da Saúde para o hospital. “Passaríamos a atender 140 pacientes por mês. Seria um ganho para nós, pois o trabalho da cardiologia e da cirurgia cardíaca do HC não deixa a dever para outros hospitais \’de ponta\’ brasileiros”, afirma.
A partir de 2002, segundo Eduardo Arantes, parte dos 10 mil procedimentos já está registrada devidamente em CD-ROM. Cada exame gera este produto, diz, que fica disponibilizado tanto para o serviço quanto para o paciente, além do laudo médico. O registro é feito mediante um programa que acompanha a aparelhagem de cateter cardíaco digital, um dos aliados da boa saúde do coração no serviço público. “Como o cateterismo envolve um certo risco, o documento certifica o paciente do seu diagnóstico, que pode ser levado também a outros hospitais, na impossibilidade de continuar o atendimento no HC”, diz Eduardo.
O cardiologista, que está na Unicamp desde 1975, descreve que 90% do trabalho do seu Laboratório é dedicado ao diagnóstico cardíaco e 10% ao tratamento, sendo a angioplastia o exame mais solicitado.
O cateterismo cardíaco é um exame em que é colocado um cateter na veia até chegar ao coração, para mostrar exatamente onde existe algum problema. Já a angioplastia coronária envolve um procedimento de abertura do entupimento de uma artéria do coração usando-se também um cateter. De acordo com a enfermeira Solange Martins Viana, estes procedimentos exigem um preparo especial, que é recomendado sob forma de um protocolo, criado pelo Serviço. \”Em geral, o paciente que passa pelo cateterismo fica muito ansioso, com medo e despreparado. O protocolo é um avanço para aliviar este estado\”, relata.
Eduardo realizou treinamentos na Philadelphia- EUA, pelo período de quatro anos, nas áreas de cardiologia geral e intervencionista. Com esta experiência, além dos anos que atua na Unicamp (desde 1975), o médico garante que a cardiologia de modo geral evoluiu muito, assim como a qualidade dos serviços médicos no Brasil, como a Unicamp.
Cateterismo cardíaco do HC chega a 10 mil procedimentos
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