Uma fratura óssea provocada por quedas ou pela osteoporose leva semanas ou até meses para se recompor. O próprio corpo é capaz de produzir um elemento chamado “plaqueta”, que possui substâncias capazes de estimular e acelerar a cicatrização de tecidos. Sua capacidade de regenerar lesões tem sido descrita em diversas áreas da medicina, como a ortopédica, odontológica e neurocirúrgica.
Geralmente, para recuperar as lesões, são feitas cirurgias de enxertos ósseos. Como a quantidade e qualidade do osso é fundamental nessas áreas, os fatores de crescimento derivados da plaqueta surgem como um mecanismo terapêutico adicional, diminuindo a extensão das cirurgias para a remoção de enxertos ósseos e, com isso, reduzindo também a morbidade pós-operatória dos pacientes.
Gel Plaquetário
O departamento científico da Criogênesis elaborou uma metodologia que utiliza células do próprio paciente para a formação de um gel de plaquetas. Há 8 anos, eles vêm estudando e utilizando clinicamente as possibilidades de crescimento plaquetário. “Já experimentamos todos os métodos de obtenção dos fatores de crescimento, e concluímos que a tecnologia de aférese oferece a mais apurada técnica de processamento celular a serviço da biotecnologia”, afirma o Dr Nelson Tatsui, médico hematologista e diretor técnico da Criogênesis.
E o que é aférese? Aférese é uma técnica que consiste em retirar as plaquetas do próprio paciente através de uma máquina. O aparelho coleta o sangue, remove seletivamente o material e devolve ao paciente o sangue restante, poupando-o assim de perdas sanguíneas.
Desta forma, é possível utilizar estas plaquetas para a fabricação do gel que será aplicado na lesão óssea. Este processo vai acelerar a regeneração, graças ao aumento do número de células responsáveis pela formação de novos vasos. Além disso, a substância será capaz de inibir a formação de células osteoclásticas, responsáveis pela desintegração óssea.
Uma vez que o conteúdo do gel é proveniente do próprio paciente, não existem riscos de reações alérgicas a proteínas de animais e ao “prion” que causa a doença da Vaca Louca, nem de perdas sanguíneas. “Os resultados obtidos são expressivamente melhores quando comparados a outros produtos disponíveis no mercado, tais como a trombina bovina”, completa Tatsui.