A Prefeitura de Campinas, por meio da Defesa Civil, finalizou o balanço do primeiro mês de vigência da Operação Verão 2011/2012. No total, o órgão registrou nove dias com chuvas, num total de 280,9 milímetros por metro quadrado, de precipitação no mês de novembro. Sete dias menos que ano passado no mesmo período, mas com volume de chuvas quase 150% maior.
Com os temporais mais intensos, a Defesa Civil o número de ocorrências aumento. Nesta operação, somente em novembro, o órgão foi acionado 311 vezes contra 231 da operação anterior.
Segundo o diretor do órgão, Sidnei Furtado, “o principal fator, sem dúvida, foram as chuvas mais intensas no mês de novembro em comparação a 2010. No entanto, pela primeira vez, a Operação Verão foi antecipada em um mês, fazendo com que houvesse maior publicidade em relação às ações realizadas pela Prefeitura, alertando a população sobre a necessidade de entrar em contato com a Defesa Civil quando há suspeita de algum risco em moradias ou vias. Essa é uma constatação positiva, já que concentramos toda a força tarefa da Prefeitura para agir nesse período durante a Operação Verão”, diz o diretor.
O principal motivo dos contatos com a Defesa Civil, especialmente pelo telefone 199, foi o risco em moradias ou sub-habitações. Do total de chamadas, 75 tiveram alguma relação com moradias em áreas de risco ou em risco após temporal. No entanto, nenhuma moradia foi interditada preventivamente na cidade por enquanto.
Operação Verão
Estabelecida por decreto, a Operação Verão consiste na criação de uma força-tarefa de diversos órgãos públicos municipais para realização de ações preventivas ou de auxílio na temporada de chuvas. Além de dar publicidade às tarefas de cada secretaria, a Operação também consiste na criação de departamento de crise para adoção de medidas preventivas – como interdição e demolição de moradias em situação de risco iminente –, e possibilita ação imediata em caso de algum desastre natural.
“Nosso modelo de Operação Verão obteve relativo sucesso em anos anteriores exatamente pela preocupação preventiva que adotamos e pela criação do Programa Auxílio Moradia, copiado posteriormente por diversos municípios e alguns estados, inclusive. Buscaremos aprimorar as ações para minimizar os efeitos das chuvas nesse período”, explica o diretor da Defesa Civil, Sidnei Furtado.
Considerado modelo pelo Ministério das Cidades, o programa Auxílio Moradia permite que a Prefeitura aja preventivamente e de maneira ágil, especialmente na temporada de chuvas intensas. Ele estabelece que a Prefeitura pode interditar preventivamente uma moradia que ofereça risco iminente à vida das pessoas e demolir a habitação se houver necessidade. Se isso ocorrer, a família é inscrita no programa e passa a receber um auxílio mensal da Prefeitura até ser encaminhada a um projeto.