Orquestra de Câmara da Unicamp (músicos da Orquestra Sinfônica da Unicamp)
Compositores homenageados: Aylton Escobar e Gilberto Mendesm a Gilberto Mendes e Aylton Escobar
PROGRAMA
Concerto: VI Série Panorama da Música Brasileira
Datas:
29/09/2011
Horário: 18h
Local: Espaço Cultural Casa do Lago – UNICAMP – Fone: 3521-7851
Entrada Franca
30/09/2011
Horário: 20h
Local: Auditório do SESC-Campinas (Rua Dom José I, 270/333, Bonfim, Campinas-SP – Fone: 3737-1500
Entrada Franca
Repertório:
Aylton Escobar – “Pequeno Trecho de Discurso” – para oboé-solo
Aylton Escobar – “Cantares para Airton Barbosa” – para fagote-Solo
Aylton Escobar – ASSEMBLY – Piano e Fita Magnética
Gilberto Mendes – Retrato 2 – 2 flautas
Gilberto Mendes – Per Sonar a tre – 2 violinos e viola
Gilberto Mendes – Rimsky – para quarteto de cordas e piano
Músicos da Sinfônica da Unicamp:
Artur Huf (primeiro violino), Paulo Brito (Violino II), João Carlos Goehring (oboé) José Eduardo D´Almeida (Viola), Ivana Paris (viola), Lara Ziggiatti (Violoncello), Rogério Peruchi (flauta) e João Batista de Lira (flauta) .
Músicos convidados: Maria José Carrasqueira (piano),Ivan Ferreira (fagote),
PANORAMA DA MÚSICA BRASILEIRA
Em convênio com o SESC-Campinas, o Centro de Integração, Documentação e Difusão Cultural da Unicamp, através da Comissão de Ação Cultural da Reitoria da Unicamp, realiza neste ano a Série Panorama da Música Brasileira, um ciclo de oito concertos mensais com a Orquestra de Câmara da Unicamp e solistas convidados. A série homenageia renomados compositores brasileiros vivos, nascidos entre os anos de 1920 e 1940. O projeto prevê um ciclo de oito eventos, um a cada mês, cada evento sendo constituído de um recital de musica de câmara com obras de um ou dois compositores, comentado pelo próprio compositor e seguido de bate-papo. São duas récitas de cada concerto, uma na Unicamp e outra no Auditório do SESC-Campinas.
A série Panorama da Música Brasileira é uma ação em prol da divulgação da música de concerto produzida no Brasil nos últimos 50 anos em sua formação camerística. As obras apresentadas ao longo do ano são exemplo da grande diversidade de propostas surgidas no Brasil no século XX, indo desde as vertentes nacionalistas, passando pelo experimentalismo e pela absorção da multiplicidade expressiva da atualidade. O objetivo dessa Série é o de divulgar a enorme riqueza e valor da música de concerto produzida no Brasil, revelando compositores e obras que, embora muito reconhecidos no meio musical e até internacionalmente, muitas vezes não são conhecidos do grande público brasileiro.
Neste mês de setembro os homenageados serão os compositores
Aylton Escobar e Gilberto Mendes
Biografias dos Compositores:
Aylton Escobar
Destacado compositor e regente brasileiro, várias vezes premiado dentro e fora do país, com obras publicadas também na Venezuela, Alemanha e Estados Unidos. Laureado por suas criações dedicadas ao Teatro (Prêmio Molière) e ao Cinema, Prêmio Governador do Estado de São Paulo e da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) e membro da Academia Brasileira de Música. Foram seus mestres: Lúcia Branco, Magda Tagliaferro, Camargo Guarnieri, Alceu Bocchino, Francisco Mignone. Na Universidade de Columbia (EUA), estudou com Wladimir Ussachevsky e Mario Davidovsky.
Foi Diretor da Universidade Livre de Música e dos Festivais Internacionais de Música de Campos do Jordão (1993-97), bem como, Regente Titular e Diretor Artístico de importantes orquestras brasileiras, frequentando as temoradas internacionais dos mais prestigiados conjuntos sinfônico da América Latina. É membro da Academia Brasileira de Música. Atualmente, é Professor das cadeiras de Orquestração, Composição e Regência da Universidade de São Paulo (USP), e Regente Adjunto da Orquestra Sinfônica e da Orquestra de Câmara da referida instituição.
Gilberto Mendes
Próximo de completar 89 anos, em 10 de outubro deste ano, Gilberto Mendes é um dos nomes fundamentais da música contemporânea brasileira. Iniciou seus estudos musicais na década de 1940, aos 18 anos, no Conservatório Musical de Santos, cidade onde nasceu. Estudou Teoria e Harmonia com Savino de Benedicts e piano com Antonieta Rudge. Entre os anos de 1954 e 1959 passou a estudar composição com Olivier Toni e Cláudio Santoro. Participou do Festival Darmstadt, nos anos 50, tendo aulas com Pierre Boulez e Karlheinz Stockhausen. Nos anos 60, criou o Festival de Música Nova de Santos, alinhado ao Curso Latino-americano de Música Contemporânea de Montevidéu de Corim Aharonián. Em 1980 passou a ser professor do Departamento de Música da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Seu percurso e trabalho musical são fontes para várias publicações: o documentário “A Odisséia Musical de Gilberto Mendes”, de Carlos Mendes, estreada em 2006; a coletânea de Cd e partituras “A Música de Gilberto Mendes – Vários Compositores Num Só”, pelo selo Sesc, que resgata um punhado de obras importantíssimas dos anos 60 e também alcança criações dos últimos anos. E o livro “Gilberto Mendes”: Vanguarda e Utopia nos Mares do Sul” , de Teresinha Prada (editora Terceira Margem), que examina o período de forte engajamento político do compositor, provando que existiu uma resistência tenaz da música contemporânea à ditadura de 64. Sua mais recente composição intitula-se o “Menino da Vila” .
Músicos Convidados:
Ivan Ferreira: Natural de Jaú inicou seus estudos musicais em piano. Desde 1999 estuda fatote, instrumento com o qual teve a oportunidade de participar de importantes fesivais como o de Campos do Jordão, Londrina e Tatuí. Em 2033, a convite da Orquestra Jovem de Watwill-Suiça, embarco para a Europa para fazer parte da Orquestra Jovem Internacional. Foi aluno de Professores renomados como: reanta Botti, Afonso Venturieri, Benjamin Coelho, Alexandrre Silvério, Ricardo Aurélio de Oliveira, entre outros. Bacharel em fagote pela Universidade de São Paulo-USp sob a orientação do professor Fábio Cury. É primeiro fagotista da OCAM (Orquestra de Câmara da USP) sob a regência de Gil Jardim e Aylton Escobar.
Maria José Carrasqueira
Nascida em uma família de artistas, onde a música, a pintura e a literatura sempre fizeram parte do seu cotidiano, Maria José Carrasqueira teve a oportunidade de conviver desde a infância com o universo livre e democrático da arte, quando o popular e o erudito eram vivenciados sem barreiras, onde os clássicos dialogaram sempre com as mais contemporâneas linguagens. Pela casa de seu pai passaram vários dos mais importantes vultos da história da música no Brasil do séc. 20. Essa possibilidade do encontro com pessoas que estão entre as que mais dignificam a arte musical brasileira, contribuiu para que a divulgação da música produzida no Brasil se tornasse uma bandeira para essa artista, fazendo com que seja uma das mais expressivas ‘intérpretes- representantes’ da música de seu país.
Foi definida pela grande mestra Eliane Richepin “musicienne dans l’âme”. Sua carreira de solista e camerista, constelada de sucessos tanto de público quanto pela crítica internacional, tem se expandido por toda a América do Sul, pelos Estados Unidos e Europa – França, Suiça, Itália, Portugal, Alemanha, Noruega, Finlandia, Suécia…
Solista convidada pelas mais importantes orquestras brasileiras, tem se apresentado com instrumentistas e regentes do cenário internacional, assim como M.Braunwieser, C.Guarnieri, Z.Mehta, I.Karabichevsky, J.Neschling, M.Ferraro, L.Rodrigues, J.Maluf, R.Farias, R.Tibiriçá, A.Manzano, J.Medaglia, J. S.Santos, Michel Bellavance, Philip Bernolt, Oyvind Bjora, entre outros. Numerosas são suas atuações e gravações para a Rádio e Televisão, e de efetivo sucesso sua discografia.
Vinda de uma rica formação artística e musical recebida de seu pai, João Dias Carrasqueira e dos professores Lina Pires de Campos, Camargo Guarnieri, Roberto Schnorremberg, Jacques Klein, Magda Tagliaferro, teve ainda na Europa grandes orientadores nas figuras de B. Seidlhoffer, E. Richepin, H. Dreyfuss (cravo), H. Datyner, D. Rossiaud, G. Demus.
Prêmio Carlos Gomes – Solista Instrumental (1996)- Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte – Melhor Recital (1996)- Doutora em Artes, pela Universidade de São Paulo, Maria José Carrasqueira, além de uma das mais renomadas intérpretes brasileiras, também grande didata e entusiasta organizadora de eventos e produções musicais de relevo: Festival Internacional de Música de Câmara -1999, Festival Internacional de Flauta de São Paulo-1998, muitos dos quais vêm obtendo prestigiosos reconhecimentos tais como o Prêmio Sharp de Música, pela Produção do Melhor CD Clássico.