Se observamos a história do Brasil, veremos que houve uma época em que os professores brasileiros recebiam muito bem, porém, simultaneamente, grande parte da população via-se obrigada a interromper os estudos, pois o sistema educacional estava voltado para uma elite. Hoje, a educação se democratizou, fazendo com que estudantes das áreas mais remontas do país e das mais variadas classes sociais tenham praticamente as mesmas chances de galgar os patamares mais elevados da formação acadêmica. Todavia, devido a uma série de fatores de ordem política, os salários direcionados aos profissionais dessa área não cresceu na proporção merecida. De maneira que, ao comparar o Brasil com outras nações desenvolvidas como Luxemburgo, Suíça e Dinamarca, percebe-se uma enorme diferença de valores. Abaixo separamos alguns pontos explicativos que será importante para entender as razões dessa situação alarmante. Para acesso a artigos em inglês invista em aulas online de inglês.
Conheça os números
De acordo com dados publicados em 2016 pela Organização internacional para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), três países europeus ocupam as três primeiras posições no ranking de melhores salários para professores do ensino fundamental no ano de 2014, são eles: Luxemburgo em primeiro lugar, seguido pela Suíça e na terceira posição, a Dinamarca. Nesses países o piso salarial no fundamental varia entre quase 70 mil dólares a 40 mil dólares ao ano por paridade de poder de compra. O Brasil se encontra em trigésimo lugar, atrás de países como Chile, México e Colômbia. O cenário nacional melhora, no entanto, quando analisamos o ensino superior. Segundo a mesma pesquisa, a média salarial brasileira dos professores titulares de universidades estatais no ano de 2014 ficou por volta de 65 mil dólares anuais por paridade de poder de compra, o que lhe garantiu o sétimo lugar passando à frente de países modelos como a Noruega. Contudo, no estudo não foi levado em consideração o tempo de trabalho usado em atividades extracurriculares.
Entenda as causas
Os principais motivos de um cenário pouco animador para os professores do ensino fundamental e médio, são as medidas de governo. Reformas governamentais na educação que impedem mais investimentos e um congelamento dos valores pagos aos professores, espelham um evidente descompromisso com o direito básico e constitucional, o qual garante uma educação de qualidade para todos. Logo, a eleição de representantes comprometidos com a educação é de extrema importância para assegurar melhores condições à classe de professores como um todo.
Possíveis consequências
A desvalorização do trabalho do professor como ferramenta-chave para a formação da população, influi diretamente no desenvolvimento socioeconômico do país, aumentando, por exemplo, a criminalidade em determinadas cidades, agravando assim o número de brasileiros à favor de intervenções militares, ou de um golpe de governo como foi a ditadura, para controlar o caos gerado. Contudo, levando o histórico nacional de idas e vindas na tomada de decisões, pode-se esperar que a classe política ceda às vozes dos especialistas e passe a pensar em alternativas que incluam a educação como um dos pilares da democracia, ordem e progresso de um país.