O massacre de Gaza é uma das páginas mais vergonhosas da humanidade e não há como negar, nem muito menos tentar justificar esta realidade, afirmou a presidenta do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, em seu perfil no X, nesta terça-feira à noite. Na mesma postagem, Gleisi advertiu para o uso de argumentos falaciosos contra o presidente Lula, “alguém que sempre defendeu a paz”.
“A retaliação militar do governo de Netanyahu, matando crianças, cercando e bombardeando hospitais, privando a população de água, energia e medicamentos, é de uma crueldade friamente calculada. É ditada pelo ódio e pelo sentimento de vingança. É tão desumana, e proporcionalmente muito maior, como os ataques do Hamas que deflagaram o atual conflito na região”, denunciou a presidenta do PT.
Diante disso, advertiu Gleisi, “ninguém espere do presidente Lula que ele silencie sobre esta situação, até porque Lula orientou nossa diplomacia a construir uma saída negociada no Conselho de Segurança da ONU. E esta saída, ineditamente aprovada pelo conjunto dos países membros, foi inviabilizada tão somente pelo veto unilateral dos EUA”. Lula reafirmou a orientação aos diplomatas junto à ONU, também nesta manhã.
Nesta manhã de terça-feira, no programa Conversa com o Presidente, Lula não poupou críticas à resposta de Israel ao grupo Hamas. “Não acho correta a resposta de Israel ao ataque terrorista do Hamas”, disse o presidente. O ataque as crianças e mulheres inocentes se assemelha ao terrorismo. Se eu sei que está cheio de criança em um lugar, pode ter um monstro lá dentro, não se pode matar as crianças para matar o monstro”, lamentou.
“Ninguém espere que Lula silencie diante de um massacre de crianças e civis inocentes, sem bombas nem fuzis, como o que está acontecendo em Gaza”, reafirmou Gleisi. E advertiu para o uso de falsos argumentos contra ele, chamando a atenção para a histórica posição do presidente Lula em defesa da paz.
“Não usem argumentos falaciosos contra alguém que sempre defendeu a paz. Para quem perdeu a família, os amigos, a casa e a pátria, não há diferença se o ataque partiu de um terrorista ou de um genocida, se professa tal ou qual religião. Interessa antes de tudo que a paz seja alcançada, e esta é a palavra muito clara de Lula”.
Gleisi lembrou o comovente depoimento da jovem brasileira Shahed Al-Banna, resgatada pelo governo do presidente Lula. “É mais forte do que qualquer comentário ou editorial sobre o massacre da população civil da Faixa de Gaza pelo governo de extrema-direita de Israel. “Quase não há mais Gaza” lamentou Shahed, referindo-se à destruição da cidade onde vivia, da universidade em que estudava, ao bombardeio da sua casa, à morte de amigos e à tragédia que ainda vivem”.
“Diante desse depoimento, desmoronam os argumentos supostamente racionais, políticos ou diplomáticos contra a forte e necessária denúncia de Lula sobre o massacre de Gaza”, alertou Gleisi. “Podem ser ferramentas de propaganda de guerra ou mera manipulação política. Mas fazem lembrar o que nos ensinou, há 60 anos, Hannah Arendt, uma corajosa mulher judia, sobre a banalidade do mal. Nada, mas nada mesmo, pode justificar a barbárie”, conclui.
Da Redação do PT