Qualquer desajuste provocado na economia mundial tem a sensibilidade de pelo menos tenuenamente sacudir o mercado. Esta incipiente crise vindo do colapso do mercado mobiliário americano nos trouxe mais preocupações do que resultados efetivos prejudiciais. As agilidades e as potencialidades dos remédios aplicados pelos bancos centrais norte americano e europeu foram suficiente para desmantelar esta embrionária crise que não chegou a corporificar. Foi mais um espetáculo de preocupações descabidas onde quase totalidade das notoriedades econômica foi chamada o opinar criando um exibicionismo e uma erudição intelectual com seus palpites sobre o desenrolar da crise sendo o que vias nos embates eram quase unanimidade de argumentações.
O Brasil parece que foi aquele banhista salvo que estavam no fundo do mar quando o vulcão Tsunami atingiu as costas litorâneas. Seus fundamentos econômicos fizeram nossa vulnerabilidade ser substituídas por fortalezas impenetráveis por qualquer desajuste econômico mundial feito no seu ordenamento natural.
A economia moderna tem operacionalidade interdependentes. Parece padronizada e suas peculiaridades são insignificantes. Isto cria uma concepção de amplitude macroeconômica funcionando em sintonia dentro do restrito campo dos conflitos de interesses administrados. Estas afinidades de objetivos fazem os países se aglutinarem com propósito de atingirem metas conjuntamente. Existe na guerra econômica uma guerra fria. A hegemonia norte americana não dar o direito dos Estados Unidos agir soberanamente e nem absolutamente. Tem que negociar e aglutinar seus interesses com interesses alheios. São necessárias uma relatividade e muitas flexibilidades.
O ufanismo norte americano e seu complexo de superioridade estão sofrendo variados golpes. Até mesmo o misticismo do presidente Busch que o coloca os EUA na dianteira dos países, tendo a sensação de ser governado por um transcendentalismo parece ser uma filosofia anacrônica.
Estes efeitos de diminuição do poder norte americano com o avanço de novas potencias criam uma economia sem donos. Hoje o que se vê são interesses interpenetrarem e com isto o poder dilacerando. O mundo esta mais simétrico e os desejos economicos se fragmenta e os participantes, mesmos as grandes potencias mundiais perdem a arrogância.
O Brasil como fragmento em ascensão parece ter uma economia organicamente equilibrada. Contágios incipientes da economia globalizada estão aqui dentro imunizados. Nossa profilaxia é substanciosa. Os países do globo criaram um elo indestrutível. Não por circunstancias humanitárias ou solidárias, mas por dependencias econômicas recíprocas. E para isto funcionarem são necessárias que os compartimentos econômicos submeta a um reservatório único onde o fluxo desenvolvimentista deságua naturalmente e apesar de conjuntamente, também assimetricamente.
Sabemos que qualquer obra humana possuiu um mínimo de vulnerabilidade, mas acreditamos que nosso compartimento na atualidade é bastante sólido. Só com exaustão de erros e uma permanência prolongada da crise conseguirá fragilizar nosso consistente arcabouço econômico.
Desta incipiente crise só restou aos investidores mais cautela. Um efeito psicológico ínfimo que será dilacerado pela evolução do tempo. Nada de efetivo e de efeitos na economia real. E a convicção que economia moderna são conjuntos de receitas obvias para combater as incertezas relativas.
JUAREZ ALVARENGA
ADVOGADO E ESCRITOR