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sexta-feira, setembro 12, 2025
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Ricardo Cândia falta a depoimento; CPI vai à Justiça

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Suspeito de tráfico de influência no Executivo, o ex-diretor de Controle Urbano da Prefeitura de Campinas Ricardo Cândia, faltou ao depoimento previsto para esta terça-feira (29/11) à CPI da Corrupção instalada na Câmara. De acordo com ofício encaminhado à CPI por seu advogado, Cândia diz que se reserva o direito de prestar esclarecimentos em juízo.

Na semana passada ele havia pedido dispensa da convocação, mas o presidente da CPI, vereador Artur Orsi (PSDB) rejeitou o pedido. Como ele não compareceu hoje, Orsi diz que vai recorrer à Justiça.

“Num primeiro momento, o advogado dele disse que ele viria, mas depois mudou de postura. Só que não concordamos com isso, porque achamos que o depoimento do Sr. Cândia é essencial para os trabalhos da Comissão”, afirmou. Assim que deixou o serviço público, Cândia teria adquirido 18 terrenos onde foram instaladas antenas de telefonia celular.

A CPI ouviu hoje a engenheira civil do Departamento de Urbanismo Jaraçaí Neves – citada pela ex-diretora de Controle Urbano, Simone Medeiros como sendo a indicada pelo ex-secretário Hélio Jarreta para fazer a análise dos empreendimentos ligados ao programa federal, Minha Casa Minha Vida. Essas obras foram embargadas por conta de uma série de irregularidades. Jaraçai negou que tivesse como atribuição analisar os projetos. “Ele (Jarreta) solicitou que eu acompanhasse os processos dos empreendimentos de 0 a 3 salários, mas a única coisa que eu fazia era acompanhar a tramitação. Verificava onde estava cada processo, tentava agilizar o andamento de cada um e fazia um relatório diário ao secretário sobre esse andamento. Não fazia nenhuma análise”, afirmou.

Ela garantiu não ter participado de nenhuma decisão sobre a liberação das obras. “Eu não fazia parte do núcleo de pessoas que tomava decisões. Na verdade, até a gestão Izalene (Tiene – 2001 a 2004) eu era chamada para opinar sobre determinados projetos. Agora não”, acrescentou.

Apesar disso, Artur Orsi fez uma avaliação positiva do depoimento. “Foi importante, pois ela reconheceu que o Sr. Jarreta era, sim o responsável pela liberação de empreendimentos imobiliários. Ela reconheceu também que ele pulava etapas. Além disso, ficou demonstrado que havia uma interferência grande do Executivo na liberação de empreendimentos. Tanto que a funcionária relatou uma reunião em que o então prefeito Hélio (de Oliveira Santos) e a ex-primeira-dama (Rosely Nassin Santos) a chamaram junto com Jarreta para tratar da liberação de obras para uma determinada construtora”, afirmou o vereador.

A CPI da Corrupção foi instaurada no início de setembro para analisar contratos públicos suspeitos de irregularidades com empresas como a Sanasa, o Instituto Cidade e a Emdec, além das denúncias das antenas irregulares e de empreendimentos imobiliários em Campinas. A comissão também pretende rastrear e devolver aos cofres públicos o dinheiro que teria sido desviado pela corrupção na cidade.

O prazo para a conclusão das investigações é de 90 dias, que pode ser prorrogado por mais 30. Fazem parte da comissão os vereadores Artur Orsi, Miguel Arcanjo, Sebastião dos Santos, Campos Filho, Élcio Batista, o Politizador dos Santos e Cidão Santos.

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