Enquanto todos procuram colocar nos seus baús íntimos os fracassos que a vida nos trás eu busco retirar das profundidades todas estas mazelas incomodativas. No fundo de meu intimo não existe nada atormentando, impregnado em minha alma, paralisando meu entusiasmo frenético. Contido em mim só existe alegria, ou ensinamentos das derrotas e não o seu núcleo demolidor dos fracassos que agitam no fundo do baú com ventos que acostumam desorganizador o sentido da existência.
Nossas profundidades devem ser rasas dos atormentos provocados pelos mergulhos que damos em nossos fundos íntimos. Sabemos que na vida não somos só caçadores de tesouros. Mas estes devem ser pesados o suficiente para comandar nosso espaço profundo com táticas de sabedoria. Se por acaso escapar de seu domínio algumas agruras existenciais e este caminhar linearmente para a profundidade coloque uma rede protetora capazes de conterem todos resquícios destruidores de suas manhãs.
É de nosso baú intimo que nasce todo significado positivo existencial.
Descobrir fontes progenitores de águas cristalinas e transformar em mar de alegria é ser soberbo criador de baús premiados. Reter momentos escavadores de nossa epopéia vivencial dentro de nosso espaço intimo é alimentar nossa morada de prazeres que instrumentaliza nossa realidade de magia necessária para sufocar os destemperos que agoniza nosso intimo.
Nosso baú deve ser nossos castelos ou nosso divã. Onde os problemas tomam altura e velocidade de uma águia sumindo quilometricamente de nossas ações rotineiras. O que nos devem guiar são as retiradas permanentes dos forasteiros incômodos que tenta habitar nosso baú tirando nosso poderio pessoal.
Desejo encontrar aberto no seu baú intimo uma fresta onde a felicidade entre quase permanentemente como a alvorada se abre para o dia. E que nesta mesma fresta aberta os tormentos aproveitando o espaço se julgue também no poder de inserir em nosso intimo, desgovernando nosso interior, seja retido por forças proveniente de nossa capacidade de rejeitar poderosamente.
Sabemos que a existência tem mais terras do que ouro. Garimpar exige de nós paciência e depois de coletado transportar as pedras preciosas e jogar bem no fundo do baú, retendo graciosamente até transformar em guia protetora de tempestades tão natural em qualquer existência, mas devemos aproveitar a abundancia das enxurradas para manusear nosso ouro polido, limpando integralmente, jogando para o fundo de nosso baú, pois estes sim dever ser o habatit natural de nosso mundo intimo.
JUAREZ ALVARENGA