Em pronunciamento presidente afirma que o Brasil “não será feito de refém” e condena submissão a interesses estrangeiros
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elevou o tom nesta sexta-feira (18) ao comentar a imposição de tarifas comerciais contra o Brasil pelo governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump. Em pronunciamento, Lula classificou como “traidores da pátria” os brasileiros que apoiam a medida adotada pela Casa Branca.
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“Quem defende essa chantagem tarifária está contra o Brasil. São traidores da pátria”, disse o presidente, ao se referir a empresários e políticos que, segundo ele, se alinham automaticamente aos interesses norte-americanos, mesmo em prejuízo da soberania nacional.
“O Brasil não quer e não vai ser feito de refém por nenhum país, nem mesmo pelos Estados Unidos.”
Lula também reafirmou que o Brasil vai reagir com firmeza, fortalecendo sua política de taxação de plataformas digitais, muitas delas empresas americanas, e exigindo respeito ao país em todas as esferas comerciais e diplomáticas.
As falas de Lula representam uma resposta direta não apenas à ofensiva de Trump, mas também a setores da política brasileira que têm se posicionado a favor da submissão às diretrizes econômicas impostas por Washington. O governo federal articula agora, em parceria com o Congresso e países do Sul Global, uma frente de resistência às sanções e à dependência tecnológica e comercial.