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quinta-feira, dezembro 25, 2025
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Operação na Favela do Moinho prende sete acusados de chefiar tráfico ligado ao PCC

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Entre os presos está Alessandra Moja, irmã de “Leo do Moinho”, apontada como sucessora do irmão na liderança criminosa; drogas abasteciam a Cracolândia

Por Sandra Venancio – Reprodução/TV Globo

Uma operação conjunta do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e da Polícia Militar cumpriu na manhã desta segunda-feira (8) 10 mandados de prisão preventiva e 21 de busca e apreensão contra acusados de comandar o tráfico de drogas na Favela do Moinho, no centro da capital paulista. Ao todo, sete pessoas foram presas, incluindo Alessandra Moja, irmã de Leonardo Moja, o Leo do Moinho, preso em agosto do ano passado na Operação Salus et Dignitas.

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As investigações revelam que Alessandra, apresentada publicamente como líder comunitária, atuava de fato como braço operacional do irmão, ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Ela e a filha, também presa, são acusadas de organizar o abastecimento de drogas e de intermediar a influência criminosa sobre moradores e movimentos sociais da comunidade.

Além de Alessandra, foram presos:

  • José Carlos Silva, apontado como sucessor de Leonardo na chefia do tráfico;
  • Jorge de Santana, dono de um bar usado para armazenar drogas e armas;
  • Leandra Maria, responsável por uma célula criminosa ligada à Cracolândia;
  • Paulo Rogério, encarregado da distribuição de entorpecentes;
  • Cláudio Celestino, acusado de envolvimento em tráfico e cobrança de propinas.

Manipulação e extorsão

Segundo os promotores, o grupo extorquia moradores que aceitavam deixar a comunidade para viver em imóveis da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). A investigação também aponta que criminosos financiavam e manipulavam movimentos sociais da região, com o objetivo de dificultar as remoções das famílias previstas pelo governo.

Disputa pela área

Em abril, o governo de São Paulo lançou a Operação Dignidade Comunidade do Moinho, oferecendo moradias alternativas às famílias da favela. Em junho, foram anunciados os detalhes do programa em parceria com o governo federal. Até agora, pouco mais da metade das 824 famílias já deixou o local. O plano do governo é transformar a área, situada entre duas linhas de trem, em um parque público.

Apesar disso, o Ministério Público afirma que a favela segue sendo utilizada pelo PCC como base estratégica para o tráfico e esconderijo de drogas e armas, o que motivou a nova ofensiva.

As prisões desta segunda-feira expõem não apenas a estrutura do crime organizado no centro de São Paulo, mas também a disputa em torno da Favela do Moinho — um território marcado pela vulnerabilidade social, pela resistência comunitária e pela presença ativa do PCC.

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