A Casa de Cultura e Cidadania, Antonio da Costa Santos, em Sousas sofre com o descaso e o abandono do Poder Público. Fundada em 2001 e tombada em 2003, atualmente não recebe verbas da Prefeitura e conta apenas com parcerias de empresas privadas. Além disso, há carência de um projeto cultural e há três anos não há contratações de Oficinas Culturais para atuar no local.
Para complicar ainda mais a situação, a subprefeitura do distrito usa o estacionamento do prédio como um lixão. O agente administrativo, João Batista de Paula Funchal, que gerencia a Casa, pediu para ser transferido para a secretaria da Cultura, enquanto a situação não fosse resolvida.
Na manhã de terça-feira, 15, a subprefeitura resolveu limpar o estacionamento. O subprefeito de Sousas, Lucrécio Raimundo da Silva, garantiu que a o local será usado como garagem de caminhões e maquinários da administração distrital: “A gente vai usar metade do estacionamento. Vamos construir um muro para dividir a área e deixar metade para casa”. Funchal lembra que o prédio é tombado, o que inviabilizaria a construção do muro, citado por Lucrécio: “Se tivermos uma exposição aqui, as pessoas terão a opção de estacionar dentro do lixão lateral ou no lixão da frente (em referência ao Eco-Ponto)”.
O subprefeito aproveitou a ocasião para criticar a secretaria de Cultura: “Aqui não acontece nada, nem a manutenção eles fazem, sobra para a gente”. Já, a coordenadora das Escolas Municipais de Cultura e Arte de Campinas, Dora Lucia, é a subprefeitura quem contribui com o aspecto de abandono: “A subprefeitura está tomando um terreno que é da secretaria de Cultura. Mesmo se não tiver programação, ali já se caracteriza uma ação cultura. Ele (Lucrécio) não pode tomar medidas sem falar conosco”.