Centenas de pessoas, entre amigos, familiares e gente que se comoveu com a tragédia, acompanharam o sepultamento das 12 vítimas da chacina de Campinas (SP) na manhã desta segunda-feira (1). O enterro ocorre durante a manhã no Cemitério da Saudade.
Os corpos começaram a ser velados, todos juntos, no fim da tarde deste domingo (1º). Nessa manhã, as duas salas onde os corpos foram colocados ficaram completamente lotadas.
Por conta da quantidade de vítimas, os sepultamentos ocorrem de dois em dois, em sequência, a partir das 9h. Alguns caixões foram abertos para o último adeus dos familiares e amigos. Houve salvas de palmas e muita comoção. Os corredores do cemitério ficaram tomados de pessoas próximos às sepulturas e muitos jornalistas.
Lista de vítimas
Isamara Filier
João Victor Filier de Araujo
Rafael Filier
Liliane Ferreira Donato
Alessandra Ferreira de Freitas
Antonia Dalva Ferreira de Freitas
Abadia das Graças Ferreira
Paulo de Almeida
Ana Luzia Ferreira
Larissa Ferreira de Almeida
Luzia Maia Ferreira
Carolina de Oliveira Batista
Paulo Fernandes é farmacêutico e não conhecia as vítimas, mas se comoveu com a história.
“A minha filha me falou disso que aconteceu ontem, hora que acordei do ano novo. Eu vim pra rezar por eles, desejar que tenham um pouco de paz agora. Foi tudo muito triste, ninguém queria começar o ano assim”, diz.
Assassinatos no réveillon
As 12 vítimas estavam comemorando a virada do ano em uma casa em Campinas quando Sidnei Ramis de Araujo, de 46 anos, invadiu o local atirando. Os disparos atingiram 15 pessoas, sendo que 11 moreram na hora, uma morreu a caminho do hospital e três ficaram feridas e estão fora de perigo.
O motivo da chacina tem relação com uma briga entre ele e a ex-mulher, Isamara Filier, de 41 anos, pela guarda do filho de 8 anos. Sidnei foi armado com dois carregadores e também tinha 10 artefatos – supostos explosivos – presos ao corpo. Após atirar na ex-mulher e no filho, Sidnei se matou.
Investigação
A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo divulgou nota neste domingo, afirmando que o caso segue em investigação em um inquérito policial no 3º Distrito Policial de Campinas. Segundo a nota, testemunhas estão sendo ouvidas para auxiliar no trabalho de apuração. Todo material apreendido será periciado pelo Instituto de Criminalística (IC).