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PF prende foragido por atentado a bomba no aeroporto de Brasília

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George Washington de Oliveira Souza foi localizado no Guará, no DF, após mais de três meses foragido; Moraes havia determinado a prisão

Por Sandra Venancio – Foto Valter Campanatto/Agencia Brasil

A Polícia Federal (PF) informou nesta quarta-feira (10) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a prisão de George Washington de Oliveira Souza, um dos condenados pelo atentado a bomba no aeroporto de Brasília, ocorrido em 24 de dezembro de 2022.

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O empresário foi localizado na noite de terça-feira (9), no Guará, região administrativa do Distrito Federal, por um delegado da PF. Segundo o relatório encaminhado ao STF, George Washington foi conduzido por volta das 20h30 à 1ª Delegacia da Polícia Civil, na Asa Sul.

Ele era considerado foragido desde junho, quando Moraes determinou o cumprimento de pena em regime fechado. Condenado em março de 2023 pela Justiça do DF a nove anos e quatro meses de prisão, responde por explosão, incêndio e posse ilegal de arma de fogo.

Ligação com atos golpistas

Inicialmente preso em regime semiaberto, George Washington teve a situação agravada por decisão de Moraes neste ano. O ministro entendeu que a tentativa de explosão estava diretamente ligada aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Além da condenação pela Justiça do DF, ele e outros dois envolvidos no atentado também foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo pelos crimes de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e atentado contra a segurança de transporte aéreo.

“Os meios eleitos foram suficientes para caracterizar grave ameaça, por anunciar catástrofe coletiva com recado persuasivo. Firmadas essas premissas, há necessidade de acautelar a ordem pública”, escreveu Moraes ao determinar a prisão.

O atentado

De acordo com a investigação policial, George Washington deixou o Pará para se juntar às manifestações de apoio ao então presidente Jair Bolsonaro em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.

No acampamento, passou a conviver com Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza, com quem planejou o atentado. O grupo inicialmente pensou em atacar uma instalação elétrica, mas mudou de plano e decidiu instalar um explosivo junto a um caminhão de querosene estacionado perto do aeroporto de Brasília.

O artefato, fabricado por George Washington, não chegou a explodir. Ele foi preso ainda no dia do atentado. O caso foi citado pelo ministro Moraes no julgamento que analisa a tentativa de golpe de Estado atribuída ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Histórico do caso

O atentado de 2022 foi planejado para gerar comoção social e precipitar uma intervenção militar, segundo a investigação da Polícia Civil do DF. Apesar do fracasso na explosão, o episódio reforçou a escalada de violência de grupos radicais no entorno de Brasília na véspera da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A prisão de George Washington reabre a atenção para células extremistas ainda ativas no país e serve como ponto de apoio à argumentação do STF de que o episódio se insere no contexto mais amplo da tentativa golpista.

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