Um dinossauro em tamanho real e dois simuladores, um que simula fenômenos radicais da natureza e uma nave que faz uma viagem aérea e submarina, estão entre os equipamentos com tecnologia 100% nacional
Graças aos recursos da robótica, cinco equipamentos têm chamado atenção na recém inaugurada Escola Parque do Conhecimento Sabina, em Santo André , São Paulo. São eles, um pequeno robô que interage com a criançada, um braço robótico de manipulação para jogos em grupo e dois simuladores, uma nave que vai até a Serra do Mar mostrando a beleza natural do percurso e um equipamento que simula terremotos, vulcões, entre outros — provocando uma experiência sensorial inédita. E ainda, para a alegria e curiosidade de adultos, adolescentes e crianças, um dinossauro em tamanho real.
A réplica em tamanho real – 6 metros de comprimento por 3 de altura – tem nove movimentos diferentes e emite sons programados e controlados através do sistema de show control . “Além do sistema robótico, um dos grandes desafios foram os 80m de pele”, afirma Renato Kleiner, um dos diretores da Roboarte, revelando que a empresa teve que desenvolver um composto polimérico especial para cumprir a tarefa, a partir de produtos produzidos no Brasil.
Simuladores para todas as idades
Não há quem resista a um passeio que evidencia a beleza da Mata Atlântica e dos mananciais preservados que vão de Santo André até a Serra do Mar. Nem quem não se encante com a Laje de Santos, local protegido por leis ambientais, que possui vários habitantes como a a arraia manta, moreias, tartarugas pente, entre outros. Esse é o percurso da viagem aérea e submarina que permite aos tripulantes sentir cada movimento, enquanto se deleitam com as maravilhas exibidas numa tela de 50” que simula a janela frontal da Nave Simuladora, e que transmite imagens reais e de computação gráfica, onde tudo é emocionante.
Acessada por uma escada, a nave de 10 lugares e design futurista, está fixada sobre uma plataforma flutuante, em balanço, e funciona também através do sistema de show control que controla todos os aspectos técnicos da “viagem”. “Tudo foi pensado de forma a despertar o interesse ao conhecimento através do estímulo emocional”, acrescenta Antonio Marcelo Galbetti, diretor da Roboarte.
Já o simulador Fenômenos da Natureza visa provocar uma experiência sensorial completa. Trata-se de uma plataforma em semi-círculo com parapeito acolchoado em toda a volta, onde as pessoas permanecem de pé para experimentar sensações que podem ser, dependendo do conteúdo exibido, a de estar próximo a uma erupção vulcânica , vivenciar um terremoto, tornados ou um furacão. Enquanto elas assistem a uma projeção gigante com imagens reais dos fenômenos, efeitos especiais resultantes de vento, calor, tremor e água são criados dentro da sala escura, de forma sincronizada com as imagens.
Robô recebe as crianças
Um robô interativo que tem formas arredondadas recepciona as crianças interagindo com elas em real time. O robô é manipulado por um operador/animador que controla remotamente os seus movimentos e a sua fala. Agumas funções do robô são automatizadas, como, por exemplo, o movimento da boca, que funciona automaticamente em sincronia com a fala do manipulador. Uma câmera de vídeo e um microfone permitem ao robô mandar sinais de áudio e vídeo para a mesa de operação possibilitando a conversa com o público.
O braço robótico de manipulação, por sua vez, é um jogo de habilidade para até cinco participantes em cada partida. Dentro de uma cabine, o braço é controlado através de botões e cada participante manipula apenas um movimento, com o objetivo de construir uma figura previamente sorteada. As tarefas propostas possuem vários níveis de dificuldade. O braço tem um tempo programado, durante o qual os jogadores deverão manipular as peças para montar uma figura. “Este é um jogo que estimula o trabalho de equipe e a integração entre os participantes”, observa Marcelo da Roboarte.
