As exportações paulistas do agronegócio somaram US$ 7,43 bilhões de janeiro a junho deste ano, cifra 23,6% maior do que no mesmo período de 2006. Já as importações atingiram cerca de US$ 2,43 bilhões, incremento de 32,1%. O saldo da balança comercial fechou em US$ 5 bilhões, 19,9% a mais.
Os dados, da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), analisados por pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola (IEA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, indicam ainda que a participação das exportações do agronegócio paulista no total do Estado aumentou 1,6% (era 29,2% e atingiu 30,8%), enquanto a das importações elevou-se 0,5% (de 10,7% para 11,2%) de janeiro a junho de 2007 ante 2006.
Em relação ao agronegócio brasileiro, as exportações setoriais de São Paulo nos primeiros seis meses de 2007 representaram cerca de 26,4%, ou seja, 0,3% a menos do que de no mesmo período de 2006, enquanto as importações representaram 33,4%, queda de 5,7% em relação ao número anterior.
Os cinco principais agregados de cadeias de produção nas exportações do agronegócio paulista, de janeiro a junho de 2007, foram cana e sacarídeas (US$ 2,01 bilhões), bovídeos (US$ 1,66 bilhão), frutas (US$ 1,24 bilhão), produtos florestais (US$ 886,07 milhões) e agronegócios especiais (US$ 344,83 milhões), que juntos perfizeram 82,7% das exportações setoriais paulistas.
A quantidade exportada de produtos do agronegócio brasileiro cresceu 12,6% de janeiro a junho de 2007 ante igual período de 2006, enquanto no Estado de São Paulo o aumento atingiu 14,2%.
Os preços dos produtos exportados pelo agronegócio subiram 11% em âmbito nacional e 8,2% em São Paulo. De acordo com os pesquisadores do IEA, tal comportamento mostra que as exportações do agronegócio paulista recebem “notório estímulo” de preços internacionais crescentes, efeito que, amplificado pelos volumes também crescentes, influenciou mais que proporcionalmente o desempenho nacional.
Cerca de 53,5% do valor das exportações brasileiras do agronegócio corresponderam a produtos industrializados (manufaturados e semimanufaturados), e 46,5% a produtos básicos. No Estado de São Paulo, os básicos perfazem apenas 20,2% e os industrializados representam 79,8%, “evidenciando índices superiores de agregação de valor”, conforme destacam os pesquisadores.
Agronegócio brasileiro – As exportações do agronegócio brasileiro cresceram 25% no primeiro semestre na comparação com o ano passado, atingindo US$ 28,18 bilhões (38,5% do total). As importações do setor aumentaram 54,7%, somando US$ 7,27 bilhões (13,8% do total). Essa relação originou um superávit de US$ 20,91 bilhões, 17,2% superior ao do mesmo período de 2006.
O desempenho dos agronegócios, salientam os pesquisadores do IEA, sustentou a balança comercial brasileira, pois não fosse a continuidade do crescimento dos saldos comerciais setoriais, o comércio exterior nacional apresentaria déficit. A participação do agronegócio no total do País cresceu tanto em termos das exportações (de 36,9% para 38,5%) quanto das importações (de 11,3% para 13,8%).
