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sexta-feira, setembro 20, 2024

Em Roma, personalidades e sindicalistas italianos pedem liberdade para Lula

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 Em vídeo, presidente da CUT diz que Lula é um preso político e só está preso por lutar pelos direitos humanos e dos trabalhadores: “Solto, Lula é um instrumento na luta dos trabalhadores por direitos”

Cerca de 200 pessoas, entre brasileiros e italianos, entre elas mais de 30 personalidades italianas – de intelectuais, juristas, políticos a sindicalistas -, participaram nesta quinta-feira (4), na sede da Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL), em Roma, de ato pela liberdade do ex-presidente Lula, mantido preso político na sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde 7 de abril do ano passado, como mostra reportagem de Gina Marques da RFI.

A manifestação foi organizada pelo Comitê Internacional Lula Livre e contou com a participação de Gilberto Carvalho, ex-ministro nos governos de Lula e de  Dilma Rousseff. O diretor da FAO, José Graziano da Silva e o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, que não puderam estar presente ao evento enviaram vídeos que foram exibidos para a plateia.

Na abertura foi projetado um breve vídeo contando a história do ex-presidente brasileiro. Em seguida foi lida uma carta que Lula enviou ao Comitê Internacional Lula Livre.

Esses moralistas sem moral agora têm posições e poder dentro do novo governo, que foi eleito apenas porque impediram minha candidatura. Mas quem está na prisão é Lula, que nunca possuiu um apartamento ou terreno, que nunca assinou contratos com a Petrobras, que nunca teve contas secretas como as da fundação que agora está em aberto  – Lula

Massimo D’Alema, ex-primeiro-ministro italiano e amigo pessoal de Lula, e Roberto Vecchi, professor da Universidade de Bolonha especializado em cultura brasileira, afirmaram que a prisão de Lula representa um perigo para a democracia brasileira e internacional.

A sindicalista Susanna Camusso, ex-secretária geral da CGIL e atual responsável pelas relações internacionais Da entidade, abriu o evento contando que esteve com outros dirigentes em Curitiba na Vigília Lula Livre, que fica nas proximidades da sede da Polícia Federal e criticou a Justiça brasileira que nada fez contra o golpe de estado.

Queremos Lula livre protestando contra o uso da Justiça para legitimar um golpe de Estado e para impedir o retorno de regimes fascistas- Susanna Camusso

Em seguida, Gilberto Carvalho leu o seu discurso em italiano. Além de reivindicar o reconhecimento da inocência de Lula e ressaltar os resultados do ex-presidente no combate à miséria no Brasil, o ex-ministro fez autocrítica dos governos liderados pelo Partido dos Trabalhadores (PT).

Autocrítica

“Cometemos graves erros, não foi suficiente a inclusão de 40 milhões de brasileiros na cultura e na política, deixamos as armas aos inimigos. Falimos também quando caímos na lógica da política institucional burocrática e erros da corrupção”, disse Gilberto Carvalho. O ex-ministro acusou também a imprensa de cumplicidade na campanha de desmoralização de Lula e o que qualificou de ilegítima condenação do ex-presidente pelo crime de corrupção.

Quem foi preso não foi só Lula e sim um projeto de inclusão social. Temos que unir o grito pela liberdade de Lula ao grito contra a reforma criminal da previdência  – Gilberto Carvalho

Na sequência, os organizadores projetaram o vídeo com a mensagem do diretor geral da FAO, José Graziano da Silva, que agradeceu os projetos de Lula para combater a fome, lembrando que esses projetos foram implantados com sucesso na África.

No vídeo que enviou ao Comitê, também exibido no evento, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, disse que “o presidente Lula é um preso político no Brasil. E só está preso por lutar pelos direitos dos trabalhadores e os direitos humanos”.

Vagner lembrou dos atos pela liberdade de Lula que serão realizados no dia 7 de abril, quando “a prisão absolutamente ilegal do presidente Lula fará um ano” e agradeceu o apoio dos companheiros e companheiras italianos e de outros países pela liberdade de Lula.

O presidente da CUT falou, ainda, que a liberdade de Lula é muito importante para os trabalhadores do Brasil e no mundo. Em especial, aqui no Brasil onde “governos fascistas atacam direitos dos trabalhadores”.

Ele falou ainda sobre a importância de Lula solto para a luta dos brasileiros contra a reforma da Previdência e a MP 873, que tem como objetivo asfixiar o movimento sindical.

Lula solto é um instrumento fundamental para esta luta- Vagner Freitas

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