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sábado, setembro 21, 2024

Ato pró-Bolsonaro revela um governo decadente, dizem parlamentares

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Jornalistas foram ameaçados em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte; críticas duras ao Centrão foram feitas em todo o país.

Apesar de ter chamado o ato deste domingo (26) em defesa do seu governo e da reforma da Previdência e depois ter recuado, como sempre, a estrela da festa não foi Jair Bolsonaro (PSL). Os manifestantes elegeram como inimigos a serem combatidos a mídia, movimentos de direita como Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem pra a Rua, além do Centrão (grupo formado por partidos como DEM, PP, MDB, PSD e PRB); e como figuras a serem defendidas, Sérgio Moro, ministro da Justiça e seu pacote anticrime, e até o banqueiro Paulo Guedes, ministro da Economia, pai da proposta de fim da aposentadoria.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) disse no Twitter que “Muitos gritos histéricos antidemocráticos e até pedidos pelo fechamento do parlamento deram o tom das pequenas manifestações pró-Governo deste domingo. Isso reforça que o governo está em decadência absoluta, já registrado nas últimas pesquisas de opinião. E são só cinco meses, hein”, escreveu a deputada.

Segundo ela, as imagens da manifestação são óbvias. “O que se viu longe de um clamor absoluto pelas reformas propostas, como a da previdência. Nem contra os cortes na Educação houve reação”, afirmou.

Para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), o protesto foi mais um tiro no pé. “Mesmo com incentivo do próprio presidente, foi pouca gente para rua e parte dos atos com uma pauta antidemocrática, destrutiva. O governo fica ainda mais fraco e isolado. Bolsonaro deve estar de ressaca”, diz.

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) diz que os manifestantes pró-Bolsonaro demonstraram atitudes antidemocráticas. “Lá no Paraná, tiraram a faixa em defesa da educação pública e ainda comemoraram tal atitude?”, questionou.

Jornalistas foram ameaçados em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte; críticas duras ao Centrão foram feitas em todo o país. Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, o mais criticado e xingado, teve direito até a boneco com o numero 171 no peito, apesar de ser defensor da reforma da Previdência. 

Dia 15 foi maior

E, ao contrário do que o governo esperava, os atos deste domingo foram menores do que os convocados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) no dia 15 de maio em defesa da aposentadoria e contra o corte nos gastos da educação.

No dia 15, de acordo com levantamento realizado pelo Portal CUT, foram realizados atos em 304 municípios brasileiros, incluindo no cálculo as capitais, e no Distrito Federal. Neste domingo, segundo levantamentos dos portais de notícias, foram realizadas manifestações em pelo menos 154 cidades dos 26 Estados, além do Distrito Federal, apesar dos atos terem sido convocados em cerca de 300 municípios do País e terem sido esvaziados na maioria das cidades.

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, a adesão menor do que a esperada mostra que o povo rejeita a reforma da Previdência, que acaba com a aposentadoria de milhões de brasileiros. E esses, sim, voltarão às ruas em peso nesta quinta-feira (30), no ato convocado pela União Nacional dos Estudantes, um esquenta para a greve geral do dia 14 de junho.

Na avaliação do presidente da CUT, as faixas em defesa do fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) encontradas nos atos de várias cidades brasileiras ontem também mostram que o povo não apoia ações antidemocráticas.

“O povo também não apoia propostas que visam fragilizar a nossa democracia. Os trabalhadores querem mais democracia e mais participação. E o baixo apoio a esse governo na sociedade, confirma o que vem sendo constatado por diferentes institutos de pesquisas”, disse Vagner se referindo às pesquisas que mostram que a aprovação a Bolsonaro vem caindo mês a mês desde janeiro.

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