Reflorestamento Ciliar do Ribeirão das Cabras e Urbanização da Praça da Guarda integram pacote de recuperação
e preservação ambiental
Por Luana Orlandi
Integrantes da Área de Proteção Ambiental de Campinas (APA), Sousas e Joaquim Egídio contam hoje com importantes projetos de recuperação e preservação do Meio Ambiente. Conectando o Poder Público, setores ambientalistas e sociedade civil, o Plano Local de Gestão Urbana é direcionado principalmente para a sustentabilidade e conservação do patrimônio Histórico/ Cultural da região, que tem critérios sócio-ambientais rígidos.
Apresentar projetos e debater temas referentes à região é tarefa e dever não só do Poder Público, mas do cidadão. Em reuniões do Conselho da Cidade, a população pode debater e se informar de tudo o que está sendo realizado e o que está por vir para a melhoria de seu município. “A participação popular é muito importante e, no caso da APA, foi decisiva para criar um plano adequado para a região de Sousas e Joaquim Egídio”, comenta a pesquisadora ambiental do grupo CIVITAS Andrea Struchel.
Um dos projetos mais interessantes apresentados até agora ao Plano Local de Gestão da Prefeitura para a região da APA é o Reflorestamento Ciliar do Ribeirão das Cabras. O projeto, que tem como parceiro do Executivo o Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FEHIDRO), visa controlar enchentes na área urbana, manter e ampliar a produção de água da região, preservar as nascentes, florestas e cursos d’água, ampliar o processo de adequação ambiental de propriedades rurais e urbanas e integrar/ envolver as instituições públicas e privadas na gestão dos recursos hídricos da APA.
Mas não é só de projetos grandiosos que a região precisa para corresponder às diretrizes de preservação ambiental que a Lei da APA de Campinas determina. Obras localizadas e de menor expansão também cumprem o papel de recuperar e manter em pleno uso praças, parques e outros próprios municipais de valor Histórico e Cultural.
Entre as obras em andamento, e que também trarão melhorias ambientais e culturais para os distritos, está a urbanização da “Praça da Guarda”, em Sousas. Segundo o Subprefeito Antonio Carlos Gídaro, o projeto prevê a construção de um Posto de Informações Turísticas e uma ciclovia ligando Sousas a Joaquim Egídio. A Biblioteca do distrito passa por uma pintura e recuperação do segundo pavimento. Ainda para Sousas estão previstas as reformas das praças “Beira Rio” e “São Sebastião” – nesta última, com recuperação do Coreto para apresentações musicais, “como acontecia antigamente”, revela Gídaro.
Já em Joaquim Egídio, a Subprefeitura cuida da reforma da “Praça Reinaldo Dias Leme”, que terá novo sistema de iluminação e paisagismo reformulado. E o Subprefeito Paschoal Bortoleto faz um apelo à comunidade preocupada com o Meio Ambiente: “Colaborem com a limpeza urbana e coloquem o lixo na rua apenas nos dias da coleta – segundas, quartas e sextas!”.
Pedaço protegido do município de Campinas
Como podemos observar, os distritos de Sousas e Joaquim Egídio acumulam diversos projetos de recuperação e conservação de seu patrimônio. Poder Público e iniciativa privada trabalham em parceria para conservar e urbanizar o território, que é protegido por Lei e diferenciado das demais localidades da cidade por estar dentro de uma Área de Proteção Ambiental (APA).
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Quadro:
APA – Conceito:
Define-se como área em geral extensa, com certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais (art. 15 da Lei do Sistema Nacional de Unidade de Conservação – Lei nº9.985/00)
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Formulada pelo Executivo, em parceria com o setor ambientalista e a comunidade, e estabelecida por Lei no ano de 2001, a APA de Campinas tem função ambiental e com isso, o uso e ocupação de solo na região é restrito. Predominantemente rural, conserva um rico patrimônio cultural, ambiental, histórico e de lazer. Sua área tem 20% de ocupação urbana. O restante é preenchido por fazendas e áreas rurais. Composta não apenas por Sousas e Joaquim Egídio, mas também pelas áreas do Núcleo Carlos Gomes, Jardim Monte Belo e Chácaras Gargantilha, a APA de Campinas tem área aproximada de 223 km² e representa 27% da área total do município.
Todas as alterações, obras e ocupações dentro da APA devem ser discutidas, geridas e aprovadas dentro do Plano de Gestão Local da Macrozona 1 (APA), que reúne integrantes do Poder Público e representantes da comunidade. Nas reuniões sobre a APA são exibidos projetos de melhorias para os distritos que, depois de aprovados, são executados pelo Poder Público, muitas vezes em parceria com a iniciativa privada.
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Quadro:
Próximas reuniões do Conselho da Cidade (Discussão dos planos locais):
09/05
25/07
24/10