Julio César Ferreira Mesquita, filho de Francisco Mesquita e Maria da Conceição Ferreira Mesquita, seguiu aos 3 anos de idade para Portugal com os pais, onde fez os primeiros estudos. Com 8 anos voltou à Campinas e prosseguiu os estudos no Colégio Culto à Ciência, até 1878, quando se matriculou na Faculdade de Direito em São Paulo.
Ali, entre 1879 e 1883, começou a projetar-se como propagandista republicano. Bacharelou-se em 1883 começando no ano seguinte a advogar em Campinas. Logo trocou o foro pelo jornalismo, que o atraía desde os bancos acadêmicos, quando escrevia para o semanário A República. Colaborou na Gazeta de Campinas e em A Província de São Paulo, atualmente o Estado de São Paulo, de que foi redator a partir de 1886 e mais tarde diretor (1891 – 1927).
Proclamada a República, com a organização do governo paulista, passou a secretariar o primeiro presidente de São Paulo , Dr. Prudente de Morais. Eleito deputado à Constituinte Estadual, resignou ao mandato, quando do golpe de estado do Marechal Deodoro da Fonseca. Mais tarde foi para a Câmara Federal
Eleito senador não chegou a freqüentar as sessões, decidido a consagrar-se exclusivamente no jornalismo. Estreou em letras com conto intitulado Um Lindo Natal, publicado no Almanaque Popular, de Campinas, em 1877.
Absorvido pela imprensa, só voltou à literatura quando de sua viagem à Europa, em 1887. Ao mesmo tempo em que escrevia De Lisboa sobre assuntos políticos, enviava Cartas a Um Amigo, descrevendo suas impressões de viagem. Com Luiz Pereira Barreto, Alfredo Pujol e Plínio Barreto, fundou a Revista Brasil. Enfrentou entre outros, o romancista Julio Ribeiro numa famosa polêmica. Faleceu em São Paulo em 15 de março de 1927, deixando filhos que herdaram o mesmo gosto e fibra pela imprensa.
Julio de Mesquita
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