Equipamentos da Casa de Cultura Antônio da Costa Santos são roubados
Sem verba para manutenção e limpeza, parceria doa equipamentos e funcionários compram materiais
Por Rafael Libertini
Há três anos a Casa de Cultura de Sousas possui parceria com O Instituto Arcor e a C&A que juntos doaram equipamentos como: caixas amplificadas, minisystem entre outros equipamentos essenciais para o funcionamento da casa. Pela segunda vez, o local foi roubado, todos os itens doados foram perdidos, a fechadura da porta lateral foi estourada pelos bandidos. Telhas, computadores e equipamentos em geral são comprados pelas pessoas da casa que reclamam alegando que a prefeitura é responsável pela segurança e limpeza, mas acaba não cumprindo sua parte. A falta de segurança facilita ação dos bandidos. As paredes do banheiro, pias e principalmente os pisos, estão sujos e à noite há ratos por todo o local.
“Após esses roubos, o pessoal responsável pelo uso da casa, quis instalar câmeras de segurança, um absurdo, um espaço dedicado à cultura acaba sendo alvo de bandidos sem consciência social. Se não houver limpeza e segurança, o dinheiro investido não serve pra nada. Todo o material de valor teve que ser retirado e levado para a Estação Cultura, pois começaram a roubar”, disse um funcionário público que não quis se identificar.
O estacionamento da Casa de Cultura é usado pela subprefeitura, eles param os carros e ainda jogam diversos entulhos, é só ir ao local e ver o que está sendo formado. Após o horário de expediente, caminhões e tratores do distrito são estacionados no pátio e ficam por lá até o dia seguinte, sendo que o terreno é da casa.
A pedagoga do CECOIA (Centro Comunitário Irmão André), Márcia Ramos, há três anos junto com a FNC (Fundo Nacional de Cultura) e as parcerias, luta pra que haja mecanismos de financiamento em investimentos diretos nos projetos culturais. Ressalta que a Casa de Cultura deve ser utilizada como um espaço da comunidade. “O poder público, deve disponibilizar verbas para a cultura, sem exceções, o CECOIA, sempre utiliza a casa, ela é fundamental para as crianças, devemos trabalhar para que o local não fique abandonado e esquecido, a falta de manutenção, verba e incentivo, junto com a depredação e a marginalidade do vandalismo e dos furtos, impede a continuidade do funcionamento da Casa de Cultura”, diz Márcia.