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sábado, setembro 21, 2024

Presidente do PT Gleisi Hoffmann, rebate Armínio Fraga e recorda fracasso da gestão do tucano à frente do BC

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A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), junto com os deputados Carlos Zarattini (PT-SP) e Lindbergh Farias (PT-RJ),  repudiou, neste domingo (2), declarações recentes de Arminio Fraga, ex-presidente do BC (Banco Central), em que defendeu os interesses do chamado mercado em detrimento do papel do governo federal na sucessão do atual presidente do banco, o bolsonarista Roberto Campos Neto, cujo mandato se encerra no final deste ano e, então, será substituído por um nome a ser indicado por Lula.

“Arminio Fraga é a estrela do dia na campanha de mídia para desacreditar, por antecipação, o sucessor do bolsonarista Campos Neto no BC. A tal independência do BC é isso: querem proibir Lula de fazer política monetária e cambial. E ainda querem dar lições de política fiscal”, escreveu Gleisi Hoffman, na rede social X, ex-Twitter. Com números, ela lembrou o incontestável fracasso da gestão de Armínio na chefia do BC, no governo tucano FHC (1994-2002).

“Vamos recordar: o governo em que Fraga era presidente do BC levou o risco Brasil ao recorde negativo de 1.446 pontos, praticamente triplicou a dívida pública para 57% do PIB, entregou para Lula uma taxa Selic de 24,9% (juros reais de 13%!) e uma inflação de 12%, fora de controle. Lula derrubou a dívida a 37% do PIB, derrubou a inflação à metade (média de 6,4% no IPCA), baixou os juros reais a menos de 4%, e obteve o grau de investimento.”, escreveu Gleisi.

“Ao contrário do que disse Arminio Fraga, Lula não fez isso rasgando o programa do PT, mas fazendo a economia crescer com investimento público, privado e das estatais, com aumento real do salário, com Bolsa Família e geração de empregos”, apontou a petista. “O que ele rasgou foi a cartilha neoliberal que põe os interesses do mercado na frente do país e da população”.

A presidenta do PT concluiu a postagem reiterando que o sistema financeiro não se conforma com a inevitável saída do bolsonarista Neto do comando da autarquia e insiste em enquadrar o governo de Lula ao seus interesses por meio da taxa Selic. “São eles que querem repetir os erros do passado em que mandavam num país que não crescia, não gerava empregos e era submisso ao FMI. Foi por defender ideias assim na economia que o PSDB sumiu do mapa político do Brasil”.

“Mercado” contra o povo

O deputado Carlos Zarattini (PT-SP), vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, denunciou que o ex-presidente do BC, “falando em nome do ‘mercado’, resolveu ameaçar o governo Lula”. “Para eles, o governo Lula não pode governar. Tem que se submeter ao mercado. Cortar gastos, reduzir o salário mínimo e desvincular saúde e educação dos aumentos de receita”, escreveu, também no X.

Zarattini aproveitou para criticar a Folha de S. Paulo, que em editorial disse que  “Com economia e emprego firmes, é preciso atenção para o risco de aceleração demasiada da inflação, que parece ganhar corpo.” Segundo o deputado, “além de mentir- a inflação está contida- não querem redução do desemprego. Pra eles a única política econômica possível é sacrificar o povo. Aliás a receita do Milei na Argentina”.

Consenso de Washington

Já o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que Arminio Fraga desconsidera os resultados econômicos positivos do governo Lula, além de apenas “defender essa política monetária inaceitável do BC e o aperto fiscal com cortes sociais”.

“Entrevista de Armínio hoje na Folha desconsidera resultados econômicos que impactam fortemente a vida do povo: como crescimento da renda familiar em mais de 11% em 2023 e o menor  desemprego(7,5% em Abril) desde 2015. Foram 1,7 milhões de empregos formais anunciados pelo CAGED nos últimos 12 meses. É uma entrevista para defender essa política monetária inaceitável do BC e aperto fiscal com cortes sociais”, escreveu o parlamentar no X, antigo Twitter.

“Nem uma palavra sobre as manipulações do mercado como a que aconteceu no último boletim Focus quando uma instituição apostou numa inflação de 8% no fim de ano só para influenciar a subida dos juros pelo COPOM”, observou Lindbergh.

“Outro ponto importante é que a entrevista revela um ressentimento de uma viúva do Consenso de Washington que anunciava um neoliberalismo radical nos anos 90. Isso não existe mais no mundo que Armínio idealizava. Daí o amargor e as críticas ao ‘protecionismo’ dos EUA e da China”, completou Lindbergh.

Fonte PT Câmara, com Redação

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