Um surto de catapora afetou cerca de 40, das 90 crianças da Casa da Criança, em Sousas. No começo de agosto uma das crianças contraiu a doença, o vírus foi transmitido, primeiramente, para os colegas de sua turma e depois para as demais. Até mesmo o berçário foi afetado.
A creche tomou as devidas providências. Ao reparar as lesões avermelhadas na pele das crianças, ligaram para os responsáveis e orientaram para que procurassem orientações médicas. Também foi orientado que as crianças se afastassem das atividades escolares e apresentassem um atestado médico.
O berçário foi o menos atingido porque é mais afastado, além disso, as crianças maiores de um ano têm mais contato umas com as outras, por isso a transmissão do vírus é maior. A creche cuida de bebês com poucos meses de vida até crianças de três anos de idade.
Existe uma vacina contra a catapora, mas ela está disponível apenas na rede privada. Mesmo assim, o posto de saúde da região obteve a vacina e disponibilizou para a creche. Segundo a assistente social Ana Paula Previto Soares, as mães não atenderam as solicitações da escola: “Quando as vacinas chegaram mandamos um bilhete para as mães avisando para levarem as crianças. A vacina foi dada no posto, não na creche. Elas não atendem pedidos nossos, talvez não entendam a gravidade das coisas. Algumas já pegaram a doença, então já estavam imunes”.
A assistente social também desmentiu a informação de que enfermeiros foram à creche vacinar as crianças: “Entramos em contato com o posto, e só. Alertamos os pais, passamos as informações e estávamos à disposição para qualquer dúvida.”.
A catapora, também conhecida como varicela, é causada pelo vírus varicela-zoster. Ela é autolimitada, isso é, desaparece sozinha. A transmissão acontece pelo ar ou por contato direto com as lesões. Por isso, é importante que o doente evite locais públicos ou o contato com quem ainda não teve a doença.
Os sintomas mais comuns são: febres, manchas vermelhas, coceira e aparecimento de bolhas rosadas. Chegam a surgir entre 250 e 500 lesões em todo o corpo.
É importante salientar que o doente deve evitar a automedicação. Ao tomar ácido acetil-salicílico (AAS) pode provocar a Síndrome de Reve, que causa insuficiência hepática e coma. Também é importante redobrar os cuidados com a higiene. As unhas devem estar bem aparadas e limpas para evitar a contaminação da ferida.
Catapora atinge crianças em creche do Distrito
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