Cinema não é só cultura. Ele pode ser usado também como terapia. As situações vivenciadas pelas personagens dos filmes podem despertar no espectador a consciência de como ele próprio enfrenta os problemas e é capaz de superar os obstáculos.
A técnica de exibição de longas metragens seguida de discussão vem sendo utilizada por psicólogos no tratamento de pacientes com câncer, entre eles portadores de linfoma e leucemia, com o objetivo de promover o autoconhecimento necessário para a superação dos obstáculos impostos pela doença.
“A identificação do paciente com a história do filme gera uma reflexão sobre seus próprios recursos para enfrentar momentos de dificuldade”, explica Heloísa Chiattone, mestre em Psicologia, chefe do Serviço de Psicologia Hospitalar do Hospital Brigadeiro e Coordenadora do Comitê de Psicologia da ABRALE (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia).
Há sete anos Chiattone utiliza a técnica de cinema e discussão no tratamento dos pacientes na Enfermaria Pediátrica do Hospital Brigadeiro. De acordo com a psicóloga, cada paciente interpreta o filme de uma forma particular e enfrenta a doença da sua própria maneira, mas ao final dessas sessões todos aprendem um pouco mais sobre si mesmos e sobre como são capazes de lidar com seus problemas.
Chiattone vai aplicar a técnica de cinema e discussão pela primeira vez na ABRALE com o filme Procurando Nemo, desenho animado da Pixar.
Redação Jornal Local
