A vida nos apresenta vários caminhos.E o deslocamento é uma atitude personalista.
Todos nós em qualquer faixa etária da existência encontramos num trevo.
Criar várias saídas para um único objetivo que é a felicidade é a receita.
O trevo da juventude é o mais emblemático.Primeiro aparece o caminho dos sonhos.Não conseguimos reter sobre nossas próprias rédeas e adaptar aos objetivos reais.Depois vem o caminho das descobertas.Embrionariamente começamos a ter visão apesar de distorcida da realidade que nos cerca.
E finalmente o caminho da superauto valorização de que sozinho podemos dar outra trajetória ao mundo.Com o conhecimento de principiante nos colocamos acima da mecânica natural do universo.
Vem a maturidade.Diminuímos os ímpetos instintivos e aumentamos as decisões aprendidas no choque com a existência.
O trevo desta idade é primeiro andar em caminhos já desconhecidos.Sabemos onde estão os obstáculos e mais do que isto como retirar da estrada.
O segundo caminho são os desafios.Aumentamos sua quantidade porque acreditamos nesta fase mais em nós do que nos outros.Praticamos atitudes sensatas como instrumentos de validade permanente.
E finalmente o terceiro e o ultimo trevo.
Nesta fase fechamos algumas estradas.Abrimos a primeira estrada com polidez de quem passou pela vida e soube com calmaria enfrentar suas agruras.
Entramos firmemente que o maior significado nesta fase é a colheita daquilo que plantamos para a humanidade.Na maturidade a colheita é para nós e na velhice é para o arquiteto do universo.
Neste ciclo vivencial no momento de nosso testamento existencial cabem a nós aproveitar todos os caminhos andados.
Fixo com prioridade o da maturidade, pois é neste que mim encontro.
Este trevo é empolgante e produtivo.Nossa personalidade é lapidada nos contornos existenciais fazendo de nossa vida uma obra prima
Compreendemos que dentro da mecânica do mundo somos somente uma peça.E nossa unidade é inserida no todo.Perdemos a arrogância da singularidade para adaptar organicamente no todo.
Se seus trevos não existem estradas cabem a você ser um bandeirante.Desbravar com a força da juventude, pavimentar com o bom senso da maturidade e percorrer com a paciência da velhice.
Se estivermos na fase do operário com forças mirabolantes capazes ainda de ampliar horizontes sem duvida nenhuma a vida nos dará seus superlativos que valorizamos
É melhor com o decorrer da existência ter trevos e locomover do que estagnar na espera que o mundo fabrique suas estradas.
Aprender que o caminho mais extasiante é aquele que nos leva a nós.Devemos sempre tirar lição e corrigir os defeitos ampliando constantemente os horizontes.Caminhar com desenvoltura e colocar uma placa de contra mão alertando que o maior perigo é que no trevo de nossa existência não exista uma estrada que nos leva a nós mesmos.
JUAREZ ALVARENGA