
O maior medalhista da natação masculina paralímpica só conseguiu parar para responder perguntas sobre seu extraordinário desempenho nas piscinas cariocas um dia depois de cair na água pela última vez. Daniel Dias tinha uma meta audaciosa: em dez dias, ele teria nove provas pela frente e não se contentaria com pelo menos uma medalha em todas – não importando a a cor. E ele chegou lá. Daniel Dias deixa sua terceira Paralímpiada com quatro ouros, três pratas e dois bronzes, que se acrescem à extensa coleção de 24 medalhas paralímpicas, além de ter sido o atleta mais laureado entre todas as modalidades no Rio de Janeiro.
“Não imaginava que conseguiria, nem nos meus melhores sonhos. Tinha o objetivo de nadar seis provas individuais e conquistar medalhas em todas, além de ajudar meus companheiros no revezamento e sempre dar meu melhor. E acabou dando certo. Sair daqui com nove medalhas é algo incrível, espetacular. Ainda não caiu a ficha. Nem consegui dormir direito à noite”, afirmou o maior atleta paralímpico do Brasil.
Em casa, Daniel Dias chegou ao tricampeonato nos 100m livre, 200m livre e 100m e à segunda medalha de ouro nos 50m livre. Foi prata nos 100m peito e nos revezamentos 4x50m livre misto até 20 pontos e 4x100m livre masculino até 34 pontos. Ele também conquistou o bronze nos 50m borboleta e no revezamento 4x100m medley masculino até 34 pontos, sendo esta a medalha que faltava para superar o australiano Matthew Cowdrey, que até então era o nadador com maior número de medalhas de todos os tempos – foram 23 pódios entre 2004 e 2012.




