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segunda-feira, junho 9, 2025

Anvisa aprova nova opção de tratamento para pacientes com câncer de próstata

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68,2% dos homens tratados com apalutamida não apresentaram progressão da doença, o que representa redução em 52% no risco de progressão ou morte.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de aprovar ERLEADA® (apalutamida), da Janssen, empresa farmacêutica da Johnson & Johnson, como nova opção de tratamento para pacientes com câncer de próstata metastático — quando a doença se espalha para outras partes do corpo — em tumores sensíveis à castração hormonal (mCSPC), ou seja, cuja doença não progrediu em vigência de bloqueio hormonal central.

Resultados do estudo fase 3, TITAN, apresentados durante o congresso da American Society of Clinical Oncology (ASCO) e publicados no New England Journal of Medicine, mostram que o uso de apalutamida associado à terapia de deprivação androgênica (ADT), considerada padrão de tratamento até o momento, reduziu em 33%1 o risco de morte de pacientes com câncer de próstata metastático quando comparado ao grupo tratado com placebo mais ADT. Além disso, 68,2%[i] dos homens tratados com apalutamida não apresentaram progressão da doença, após dois anos de acompanhamento, o que representa redução em 52% no risco de progressão ou morte.

Desde 2019, a apalutamida já está disponível no país para tratamento de câncer de próstata resistente à castração, ou seja, quando a doença continua avançando apesar do tratamento com terapia de deprivação hormonal. Nesse cenário, o medicamento impede que o hormônio — responsável por estimular o crescimento do câncer, seja recebido pelas células, retardando a disseminação da doença.

 “O câncer de próstata é mais difícil de tratar quando se espalha para outros órgãos. Para pacientes com a doença sensível à castração, está claro que a terapia padrão (ADT), quando utilizada como tratamento único, não é suficiente”, explica Dr. Kim Chi, médico oncologista do BC Cancer Vancouver e principal pesquisador do estudo TITAN. O especialista complementa ainda que os resultados do estudo revelaram que, independentemente de quão avançada esteja a enfermidade, pacientes com câncer de próstata metastático, que sejam sensíveis à terapia hormonal, têm potencial para se beneficiarem do tratamento combinado de apalutamida com ADT. Vale ressaltar, no entanto, que somente um médico pode indicar a terapia mais adequada para cada situação.

O estudo avaliou mais de mil homens com câncer de próstata metastático, com baixo e alto volume da doença, em estágio avançado ou metastático, que não haviam sido tratados previamente ou já haviam recebido algum tratamento com ADT, docetaxel ou terapia local definitiva.

Foram analisados os impactos na sobrevida global (OS) e sobrevida livre de progressão radiográfica (rPFS) em pacientes que utilizaram terapia combinada de apalutamida com ADT, em comparação com placebo associado à ADT. A taxa de eventos adversos foi comparável ao placebo, sendo principalmente representados por rash cutâneo, fadiga e hipotireoidismo.

 “A chegada de uma nova opção terapêutica é uma ótima notícia e traz novas perspectivas para a comunidade médica, já que esse tipo de câncer, quando está em fase metastática, reduz as chances de sobrevivência. Sem dúvida um marco na história do tratamento do câncer de próstata”, explica Fabio Lawson, Diretor Médico da Janssen Brasil.

 O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no país, com uma estimativa de mais de 65 mil novos casos anuais[ii]. A doença acomete, geralmente, indivíduos acima de 60 anos e ocorre quando células malignas se formam e se multiplicam descontroladamente nos tecidos da próstata (glândula do sistema genital masculino localizada abaixo da bexiga)[iii].

 Sobre a apalutamida

 A apalutamida é um novo inibidor oral de receptor de andrógeno que bloqueia a via de sinalização dos andrógenos em células do câncer de próstata. O medicamento inibe o crescimento de células cancerosas de três formas: prevenindo a ligação de andrógenos ao seu receptor nas células; bloqueando a entrada dos receptores de andrógenos nas células cancerosas; e impedindo os receptores de se ligar ao DNA da célula maligna.

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