Se a depressão será ou não considerada o “mal do século” não se sabe, mas o fato é que a literatura médica fala em um aumento no número de casos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão será a segunda maior causa de incapacitação no trabalho no ano de 2020 (hoje, é considerada a quinta depois das infecções respiratórias, aids, doenças do período perinatal e diarréia). Além disso, 17% da população geral tem depressão e 80% dos indivíduos deprimidos apresentam dificuldades em alguma fase do sono. Não é um número desprezível, se considerarmos que o planeta tem mais de 6,5 bilhões de habitantes. A depressão é uma doença e atinge o organismo “como um todo\”, comprometendo a saúde física, o humor e, em conseqüência, o pensamento da pessoa. Quem tem depressão vê o mundo de maneira alterada tanto no que se refere à percepção da realidade como na forma de manifestar suas emoções com relação à vida. A depressão afeta a forma como a pessoa se alimenta e dorme, como se sente consigo mesma e como pensa sobre as coisas.
Os quadros depressivos podem variar, pois são afetados por motivos diferentes. As principais causas da depressão se relacionam, principalmente, a fatores ligados ao indivíduo (predisposição familiar) ou a causas externas (estresse, luto, desemprego e problemas financeiros, conflitos conjugais). Ao mesmo tempo, a insônia pode ser definida como sendo um excesso de vigília, incapacidade de começar a dormir ou de manter o sono. A insônia geralmente não é considerada doença, mas conseqüência de algum problema ou enfermidade mais grave. Certas condições parecem tornar as pessoas mais susceptíveis à insônia. Exemplos destas condições incluem a idade avançada (principalmente depois dos 60 anos), maior ocorrência no sexo feminino e pessoas com história de depressão. Se ao mesmo tempo, o paciente tiver sintomas como estresse, ansiedade, problema médico ou uso de alguns medicamentos, há maior probabilidade de insônia. O tratamento da depressão pode ser psicológico (psicoterapia), medicamentoso (antidepressivos), ou a associação de ambos e costuma ser eficaz em até 70% dos casos. Atualmente existem medicamentos que tratam depressão e insônia ao mesmo tempo.