O aplicativo Uber começa a operar a partir desta quarta-feira (27), em Campinas. Segundo a empresa, a cidade será a primeira do interior do Brasil a receber o serviço de transporte privado através de smartphones a partir das 14h.
Apesar dos protestos contra a implantação no ano passado, o diretor de comunicação da empresa, Fábio Sabba, afirma que não há ilegalidade, já que o serviço está amparado na Lei de Mobilidade Urbana nº 12.587, do ano de 2012.
“Não tem uma regulamentação para o serviço de transporte público privado e estamos conversando com todos os níveis do governo para ter uma regulação. Já tivemos vários processos contra a Uber. São dois tipos de serviços distintos [táxi e Uber]. Sempre nos defendemos amparados na Lei de Mobilidade Urbana”, explica.
Além disso, a empresa diz que o serviço será até 50% mais barato do que as tarifas praticadas pelos táxis comuns da cidade.
Táxis
Atualmente, a cidade conta com quase mil táxis comuns e 40 licenças para os pretos, uma nova categoria para concorrer com Uber. Nos executivos, os veículos só podem receber chamadas por aplicativos.
O diretor afirma ainda que a empresa fez estudos e que existe mercado em Campinas. “A gente percebeu que Campinas, além de ser uma cidade grande, tem bastante gente que dirige, tem smartphone e quer um novo jeito de andar pela cidade”, ressalta.
Uber X
No entanto, diferentemente das outras cidades que já têm o serviço Uberblack, com carros de luxo, Campinas inicialmente vai utilizar a plataforma UberX, com veículos mais simples e que não precisam ser pretos.
Em relação ao preço, a tarifa do aplicativo varia de acordo com a cidade, mas Campinas vai ter a cobrança baseada no preço já aplicado em São Paulo.
A taxa inicial será de R$ 2, mais R$ 1,40 por quilômetro rodado e uma tarifa de R$ 0,26 por minuto.
O usuário tem até cinco minutos para cancelar o serviço e se passar, o cancelamento terá uma taxa mínima de R$ 7. Além disso, há dentro do aplicativo um cálculo estimado da tarifa antes de acionar um motorista.
Em São Paulo existe o preço dinâmico, quando a corrida fica mais cara. “Neste primeiro momento não vamos trabalhar com a cobrança de preço dinâmico em Campinas”, afirma o diretor.
Motoristas
O diretor destaca também que já está aberto o cadastramento dos motoristas na plataforma para a região e explica que o profissional que cumprir os requisitos pode trabalhar o tempo que achar necessário, mas é preciso que o carro tenha seguro para o passageiro e ter habilitação profissional.
“Se você quiser trabalhar duas horas por dia você pode, mas se o motorista ficar um mês sem fazer corrida, ele também pode”, diz Sabba.
Além disso, o motorista pode ser pessoa jurídica ou física, já que há os dois formatos de prestação de serviço. “Depende, o motorista pode receber como pessoa jurídica seja como microempreendedor ou simples, mas isso varia”, afirma o diretor.
Pagamento
A cobrança só pode ser efetuada em um cartão de crédito, que é solicitado no cadastro do usuário durante o procedimento de instalação do serviço, e isso é feito para segurança tanto do motorista como do usuário.
“Todas as compras feitas no cartão de crédito acabam tendo uma transparência do serviço, pois tudo passa pelo sistema bancário até o pagamento para o motorista”, finaliza o diretor. Após o uso do serviço, os usuários devem ainda avaliar a qualidade do atendimento.