Viajando através do tempo e do espaço para modificar o passado
Abordando um tema interessante, a estranha sensação do déjà vu – aquele pressentimento de ter estado em um local que jamais estivemos antes ou o de ter a certeza de conhecer uma pessoa que acabamos de ser apresentado – o novo filme do diretor Tony Scott (Tristão e Isolda) traz Denzel Washington (O Plano Perfeito) e Val Kilmer (Alexandre) envoltos a mistérios e teorias sobre tempo e espaço.
Em Déjà Vu, Denzel Washington é Doug Carlin, um agente federal da ATF (Agência de Tabaco, Álcool e Armas de Fogo) que é chamado para recuperar provas de um atentado a bomba contra uma balsa, em Nova Orleans. Val Kilmer vive Andrew Pryzwarra, um agente do FBI, encarregado do caso.
Abordando um tema que há séculos intriga a humanidade, o roteiro escrito por Terry Rossio e Bill Marsilii une um assunto complexo, a compreensão da teoria temporal, a cenas cheias de suspense e ação. Através de diálogos longos, mas perspicazes e interessantes, o filme apresenta a idéia do tempo e espaço e do desejo que o homem possui de controlar algo fora do seu alcance e de sua compreensão, como o de poder voltar ao passado e mudar uma situação indesejada, acreditando que o seu ato não acarretará nenhuma conseqüência no futuro.
O oscarizado Denzel Washington está à vontade no papel e consegue transmitir toda a angústia e decepção de uma pessoa incapaz de comandar o rumo dos acontecimentos de sua própria vida e da vida dos que interagem ele.
Com estréia agendada para o dia 19 de janeiro pela Buena Vista, Déjà Vu é um filme que o irá entreter mesmo com os seus longos, mais bem utilizados, 128 minutos de duração.