Em comemoração pelos 50 anos da morte de Oswald de Andrade, o Cinesesc exibe \”O Rei da Vela\” (1983) –versão para o cinema da peça escrita pelo poeta e encenada por José Celso Martinez Corrêa, em 1967, no Teatro Oficina.
No início da sessão, às 21h, Zé Celso acenderá uma vela com o tempo de duração do filme. No final da exibição, um bolo redondo, como o formato da letra \”O\”, com 50 velas desenhando o \”A\”, será distribuído para o público.
\”O Rei da Vela\” junta imagens alegóricas e trechos de filmes com a remontagem feita da peça em 1971. No longa, o ator Renato Borghi reproduz para a câmera sua interpretação de Abelardo 1º e José Wilker faz Abelardo 2º -a personagem representa a elite brasileira.
O escritor
Oswald de Andrade nasceu em São Paulo, em 1890, e estudou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Em 1917, começou a viver com Maria de Lourdes Olzani (ou Deise). Junto de Mário de Andrade, da pintora Anita Malfatti e de outros intelectuais, organizou em 1922 a Semana de Arte Moderna.
Em 1926, casou-se com Tarsila do Amaral. Dois anos depois, o casal fundou o Movimento Antropófago e a Revista de Antropofagia, cuja principal proposta era de o Brasil devorar a cultura estrangeira e criar uma cultura revolucionária e própria.
Em 1929, Oswald rompeu com Mário de Andrade, separou-se de Tarsila do Amaral e apaixono-se pela escritora comunista Patrícia Galvão, a Pagu. Após separar-se de Pagu, o escritor casou-se, em 1936, com a poetisa Julieta Bárbara. Em 1944, casou-se com Maria Antonieta D\’Aikmin, com quem ficou até sua morte, em 1954.