Um Pix atípico de R$ 18 milhões realizado às 4h da manhã acionou o alarme que revelou o maior roubo já registrado na infraestrutura financeira do Brasil. Hackers exploraram falhas no sistema de mensageria da C&M Software — empresa responsável pela comunicação entre 293 instituições financeiras e o Banco Central — e desviaram cerca de R$ 800 milhões das contas-reserva, comprometendo a segurança do sistema de pagamentos nacional.
De acordo com uma investigação detalhada do Brazil Journal, o ataque cibernético aconteceu a partir da exploração de brechas na segurança da C&M Software, empresa que atua como intermediária na comunicação entre o Banco Central e as instituições financeiras. Essa falha permitiu que criminosos digitais acessassem e manipulassem valores das chamadas contas-reserva, fundamentais para garantir liquidez e segurança das transações financeiras.
A operação criminosa ficou oculta até que um Pix atípico, no valor de R$ 18 milhões, foi realizado às 4h da manhã, despertando suspeitas e acionando os protocolos de segurança. A partir daí, as autoridades começaram a mapear o esquema, descobrindo o desvio milionário.
O Banco Central emitiu nota informando que está colaborando integralmente com as investigações e reforçou que já adotou medidas emergenciais para sanar as vulnerabilidades apontadas. A instituição também ressaltou que mecanismos adicionais de monitoramento e prevenção de fraudes estão sendo implementados para evitar novas ocorrências.
Especialistas em segurança digital alertam para a crescente sofisticação dos ataques cibernéticos ao sistema financeiro, destacando a importância de reforços contínuos na infraestrutura e na proteção das operações digitais, sobretudo no contexto do Pix, que movimenta bilhões diariamente.