24.9 C
Campinas
quinta-feira, novembro 21, 2024

Leia a entrevista com o autor do livro “Como enriquecer em doze meses”

Data:

 
Marcos Silvestre é autor do livro "Como enriquecer em doze meses"

1 – Para qual classe social que você geralmente presta consultoria?

Nos últimos 20 anos já pude atender Clientes de todas as classes sociais, desde famílias da baixa classe baixa brasileira até a classe alta. Isto me deu muita elasticidade e conhecimento na área de Finanças Pessoais no País. Atualmente, tenho dois tipos de Clientes, ambos igualmente importantes, e sempre atendidos com o mesmo profissionalismo: 1) os comerciais que, para me remunerarem no valor horário de R$ 550/hora (pacote anual mínimo comercializado de 50 horas), têm necessariamente de ter escala econômico-financeira para compensar e valer a pena (estamos falando, portanto, de famílias da classe média alta para cima…), e 2) os Clientes laboratoriais, famílias que atendo a custo altamente subsidiado – ou até sem custo algum – pela necessidade de continuar ensinando/aprendendo, e também para dar um pouco de contribuição social na minha área profissional. 

2 – Você acredita que com apenas a leitura do livro é possível enriquecer em 12 meses?
Tornar-se rico, multimilionário, certamente não. Enriquecer no sentido de lidar mais positivamente com a renda que realisticamente você tem hoje, fazendo multiplicar o poder aquisitivo do seu dinheiro atual através de gastos mais econômicos, dívidas mais prudentes e investimentos mais dinâmicos, enfim, revolucionar seu relacionamento com o dinheiro a achar formas inteligentes de extrair dele mais qualidade de vida, isso certamente sim. É o que vejo acontecer de perto há 20 anos. 

3 – Você fez tudo o que você indica no livro?
Sem dúvida usei – e uso! – tudo o que ensino e se aplica à realidade financeira específica minha e de minha família. Brinco que lá em casa o “espeto do ferreiro é de ferro”, pois do contrário eu me sentiria sem a verdadeira – e indispensável – autoridade para ensinar o que ensino. E porque faço o que prego, eu e minha esposa somos “verdadeiramente ricos” no sentido do que propomos em 12 MESES PARA ENRIQUECER – O PLANO DA VIRADA: mesmo sem uma renda astronômica, conseguimos viver muito bem no dia a dia, fazendo nossas compras e pagando nossas compras em restrições, mas também nos planejando adequadamente para poupar e investir rumo a nossos principais sonhos de compra & consumo. E, de quebra, ainda conseguimos ser doadores regulares de dinheiro. 

4 – Qual a porcentagem de pessoas que enriqueceram depois de suas consultorias?
Qualquer família que adota a metodologia PROF® Programa de Reeducação e Orientação Financeira pode enriquecer em 12 meses (o prazo médio estabelecido na metodologia), ou menos. Não apenas meus Clientes particulares, mas também quem freqüenta os treinamentos especializados de minha empresa, a SILVESTRE Educacional, e também quem lê 12 MESES PARA ENRIQUECER pode sonhar – na prática – com uma vida financeira muito mais gratificante, sem para isso precisar ganhar na Mega Sena ou achar alguma fórmula mágica de ganhar mais dinheiro.

Agora,  conhecimento parado é remédio que não se tomou: simplesmente não surte efeito. Tem que botar em prática e, para isso, a metodologia PROF® traz excelentes conhecimentos, técnicas e ferramentas que qualquer pessoa ou família bem intencionada pode incorporar ao seu dia a dia. No começo, assim como em um processo de reeducação alimentar, tem que vencer a inércia. Aos poucos os benefícios começam a aparecer, e aí os vícios antigos são substituídos por novos hábitos sem os quais jamais se quer viver novamente.

5 – Existem pessoas que mesmo depois de sua consultoria faliram?Não, jamais atendi um Cliente que tenha feito exatamente o contrário de tudo o que pude lhe ensinar.

6 – O segredo é pagar tudo à vista. Como fazer quando você não dispõe do dinheiro?
Pagar tudo à vista – e com um bom desconto! – é “um dos segredos” para enriquecer de verdade, ou seja, aprender a dar o devido valor ao dinheiro que você não roubou e que foi muito sacrificado ganhar. Aliás, trata-se de um “segredo” que de segredo na realidade não tem nada. É justamente assim que a vovô fazia, comprava com o dinheiro que tinha, e não comprava com o que não tinha. E por isso mesmo não se enrolava tanto na sua vida financeira quanto as pessoas estão se enrolando hoje em dia.

Acredito que as pessoas que trabalham e ganham seu dinheiro de forma honesta têm o direito de querer o que é bom. Mas tem o dever de correr atrás do que é bom da forma mais inteligente, pelo menos se o que desejam é lidar bem com o dinheiro e extrair dele a máxima qualidade de vida que seus próprios recursos financeiros possam lhe proporcionar. A questão é como se vai conseguir o que é bom da forma mais rápida, menos sacrificada, e mais segura para o seu bolso.

Pense, por exemplo, no caso de duas vizinhas que queriam uma geladeira nova. 

Nenhuma das duas está hoje sem geladeira, porque muito pouca gente é assim tão carente que não tem uma geladeira em casa. E, cá entre nós, muito pouca gente tem uma geladeira realmente caindo aos pedaços, daquela que precisa ser urgentemente trocada porque já não gela mais nada e qualquer hora pode explodir. Essa seria a única situação que justificaria se fazer “qualquer negócio” do ponto de vista financeiro para trocar a tal geladeira, ou seja, pagar uma pequena fortuna de juros embutidos para se poder comprar imediatamente a tal geladeira, já que não tem o dinheiro para tanto – não se planejou para ter. 

A vizinha que não agüentar esperar, vai à loja e compra a geladeira em 12 X “sem juros” de R$ 143 = R$ 1.716 no total. Já a vizinha que não aguenta fazer desaforo para seu dinheiro, separa seus R$ 143 por mês na Poupança, e depois de 9 meses tem os R$ 1.300 para comprar a mesma geladeira à vista e com desconto, plenamente quitada, sem dever mais nada a ninguém. O que acontece com a 1ª vizinha se ficar desempregada e não puder pagar a dívida da geladeira. Seu nome vai para a Serasa/SPC, o que inclusive dificultará achar um novo emprego. E a 2ª? Não corre esse risco, porque não optou pelo caminha da dívida, exerceu sua paciência durante 9 meses (que passam rápido!), durante o quais investiu dinheiro e ainda ganhou juros sobre juros!

Ninguém nunca terá dinheiro sobrando no bolso para comprar os bens de valor mais elevado que se quer ou precisa comprar ao longo da vida. Então, quando for algo mais caro, tem de parcelar. É fato que a maior parte de nós jamais ganhará dinheiro suficiente de uma única vez para adquirir bens de valores mais elevados, aqueles que custam milhares de reais. Não estou só falando de adquirir imóveis, que podem custar centenas de milhares de reais, nem somente de comprar carros, que podem custar dezenas de milhares de reais. Estou falando também de itens pesados, porém de valor um pouco mais comedido, feito uma nova TV de LCD, uma nova geladeira com água gelada na porta, ou um novo conjunto de sofás, itens compráveis por algo como R$ 2 mil ou R$ 3 mil. Pois eu lhe pergunto: quem é que pode tirar R$ 2 mil ou R$ 3 mil do salário do mês, assim, numa paulada só, e dizer que não fez um buraco no orçamento? 

Então, se você tem um padrão de vida de classe média ou inferior, só há mesmo um jeito de comprar qualquer coisa de valor mais elevado, lá na casa dos milhares de reais: o jeito é comprar parcelado. É isso aí, não dá simplesmente para tentar tirar do ordenado do mês! Se você quiser mesmo ter aquele item, vai ter que ser parcelado, certo? Mas eu não estou dizendo com isso que sua única escapatória é parcelar no cheque, no cartão de crédito, no boleto do crediário… Todas essas formas de parcelamento consistem na prática de adquirir o produto antes, para pagar parcelado somente depois, o que parece muito tentador, é verdade, mas tem um terrível defeito: a carga extra de juros embutidos nesta história, juros sempre muito “salgados”, já que estamos no país que é recordista mundial de juros reais praticados ao consumidor.

Então, comprar antes para pagar parcelado depois, jamais poderia ser a forma de parcelamento que eu lhe recomendaria. Eu quero sugerir, isso sim, que você parcele antes, poupando e investindo uma certa quantia todos os meses, para poder efetuar a compra depois, à vista, sem incorrer no pagamento de juros, aliás, tendo inclusive recebido juros durante o período de aplicação, e na hora da quitação à vista pedindo um descontão! Pois dou-lhe um exemplo prático: a compra de uma TV de LCD.

Você tem os R$ 2 mil e poucos para dar numa tacada só? Puxado, não?! Então, há duas outras opções: 1ª) levar a TV para casa hoje, e pagar 24 prestações de R$ 100, durante 2 anos, ou então, 2ª) aplicar R$ 100 por mês na Caderneta de Poupança durante 18 meses (1 ano e ½), e comprar a TV à vista em “dinheiro vivo” por R$ 1.900, com um descontão de R$ 500 (que basta procurar para achar!), daqui a 1 ano e ½. 

Você é quem sabe: no primeiro caso, leve já e pague durante 2 anos. No segundo caso, “pague” (invista) durante 1 ano e ½, e depois leve a TV para casa já quitada, economizando 6 meses de prestação mensal de R$ 100, e ainda por cima já comprando uma TV de geração mais nova. Na nossa vida financeira, a pressa é inimiga do descontão, e é amiga do cabeção. 

7 – Pagar parcelado e sem juros também é uma má escolha?
Pagar parcelado e “sem juros” é algo que não existe (exceto por raríssimas exceções à regra). Como alguém concordaria em receber algo que poderia receber 100% à vista, no ato, parcelado sem nenhum acréscimo, correndo o risco de o devedor não pagar? E isso num país onde a taxa básica de juros (= taxa Selic) já é quase 1% ao mês? Isso não existe! Pesquise o menor preço à vista do produto, que é seu verdadeiro preço (se tem alguém que vende por menos, porque algum insensato pagaria mais?), e você verá que os juros estão lá embutidos. E mais: nunca são pequenos, ainda mais neste País que é o recordista absoluto de juros reais praticados ao consumidor. 

E essa triste realidade só permanece assim porque, guiados pela ilusão de que alguém lhes está oferecendo algo sem juros, muitos consumidores que não pesquisam e não querem fazer contas acabam fazendo compras imprudentes e, assim, dão pleno apoio a essa situação de exploração financeira.

8 – Faça suas considerações e complemente com o que achar necessário.
O dinheiro é como uma faca: use-o direito para descascar seu pepinos e terá uma bela salada; use-o com imprudência e acabará se ferindo. E jamais culpe a faca por isso: aprenda a usá-la de forma inteligente!

1 COMENTÁRIO

  1. Gostei muito da entrevista e mesmo antes de ler o livro já concordo plenamente com tudo, o dificil é convencer o meu esposo a economizar.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Compartilhe esse Artigo:

spot_imgspot_img

Últimas Notícias

Artigos Relacionados
Relacionados

Média de mortes por Covid-19 fica acima de 800 pelo 15º dia seguido

  O Brasil registrou nesta terça-feira (22) mais 816 mortes...

Saúde abre vagas para vacinação contra covid-19 sem agendamento

Lista com os centros de saúde que atenderão demanda...

Setor produtivo critica aumento da taxa Selic divulgada pelo COPON

Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) chamou...

Lula e família obtêm 23ª vitória contra a farsa da Lava Jato

Essa é a 23ª vitória de Lula e sua...
Open chat
Quer anunciar ligue (19) 99318-9811
Redação (19) 99253-6363