Iniciativa da Prefeitura ajuda cidadãos a reencontrar familiares e reconstruir a vida em suas cidades de origem
Por Sandra Venancio
Entre janeiro e setembro de 2025, o Programa Recâmbio, mantido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social de Campinas, viabilizou 192 viagens de retorno para pessoas em situação de rua que desejavam voltar às suas cidades de origem. A ação integra o BEM (Benefícios Eventuais) Campinas, política pública que oferece apoio a cidadãos em vulnerabilidade em casos de nascimento, morte, calamidades ou deslocamentos por motivo social.
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De acordo com a pasta, o Recâmbio busca garantir uma “chance de reconstrução de vida com segurança e amparo familiar”, promovendo o reencontro de pessoas com suas redes de apoio.
Os dados apontam que a região Sudeste concentrou quase metade dos pedidos (48%), com destaque para São Paulo (59) e Minas Gerais (23). O Nordeste respondeu por 21% das solicitações, liderado pela Bahia (14) e Pernambuco (9). Já o Centro-Oeste registrou 26 viagens (13%), seguido pelo Sul (11) e o Norte (6), onde Rondônia (8) se destacou.
No ranking geral, São Paulo lidera os destinos, seguido por Minas Gerais, Bahia, Paraná e Mato Grosso. Também aparecem Goiás e Pernambuco (9), Rondônia (8) e Rio de Janeiro e Maranhão (6). Entre os deslocamentos internos no estado, os principais destinos foram Piracicaba, Araras e a capital paulista. Fora de São Paulo, Cuiabá (MT), Recife (PE) e Vilhena (RO) concentraram o maior número de retornos.
O processo é conduzido por equipes da assistência social municipal, em parceria com a rede socioassistencial. Após uma entrevista social e identificação de familiares, é feita a compra da passagem, podendo haver apoio adicional em casos específicos — como fornecimento de alimentação ou transporte até o terminal.
Para a secretária Vandecleya Moro, o programa é exemplo de política pública humanizada.
“Mais do que custear o deslocamento, o Recâmbio é uma oportunidade de recomeço para quem perdeu vínculos ou condições de permanecer na cidade”, afirmou.
“Cada passagem concedida é um gesto concreto de solidariedade e cidadania.”
